A Edinfor-LogicaCMG, multinacional portuguesa de serviços de tecnologia da informação, deve registrar neste ano um crescimento superior a 10% no seu faturamento no Brasil, sobretudo graças ao mercado de TI para o setor energético, no qual a nova aposta são as petrolíferas. Esta, ao menos, é a expectativa com que trabalha o diretor-geral da empresa no Brasil, Fermin Fautsch. "No Brasil o setor da Energia é muito forte e tem encontrado fontes importantes de gás e petróleo para atingir níveis de suficiência no país, atraindo investimento de empresas brasileiras e multinacionais.?
Segundo ele, o grupo LogicaCMG tem trabalhado com multinacionais do setor energético na implementação de sistemas SAP, gestão de infra-estruturas e outsourcing (terceirização) de gestão de aplicações, know-how que agora a Edinfor pretende trazer para o Brasil. Fautsch adiantou que os resultados da "abordagem pró-ativa" às empresas do setor petrolífero começarão a aparecer já neste ano, assumindo expressão relevante nas receitas dentro de três anos. Para ter um peso relevante nas contas da empresa dentro de três anos, o setor do petróleo deverá representar cerca de um quarto das receitas totais no Brasil, estima Fautsch.
Apesar de já ter clientes em países latino-americanos, como o Chile, Venezuela e México a empresa afirma que o foco vai continuar a ser o Brasil, embora no futuro este possa ser aberto pelo grupo LogicaCMG. A atividade da empresa no país está concentrada nas regiões Sul e Sudeste. ?A atividade no restante do país, principalmente no Estado da Bahia, ainda não justifica a abertura de outros escritórios ou centros tecnológicos, além dos já existentes em São Paulo, disse Fautsch.
Para ele, a tendência de crescimento no mercado brasileiro de gestão de infra-estruturas ? de eletricidade, água e gás ? e o know-how específico para esse setor, muito dele desenvolvido em Portugal, justificam um foco nessa atividade. Fautsh cita que entre os clientes da empresa estão algumas das mais importantes companhias de serviços básicos brasileiras, como a Bandeirante Energia, a Comgás, a Compagás, a Enersul, a Escelsa e a Sabesp.
Nesta semana, a Edinfor ganhou um contrato de 12 milhões de euros (cerca de R$ 33 milhões) para gerir a infra-estrutura de tecnologias de informação e aplicações da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), pertencente a British Gás e a Shell. Negócios como esse de gestão de utilities, segundo Fautsch, representam atualmente cerca de metade do faturamento da empresa brasileira. Ele considera a conquista desse contrato um marco na trajetória da empresa no Brasil.
Com informações da Agência Lusa.