O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, disse nesta quinta-feira (5/4), durante entrevista à Radiobrás, que um dos principais objetivos de sua pasta para os próximos anos será aumentar o número de pesquisadores nas empresas. "Queremos implantar a ciência e tecnologia no Brasil em grande quantidade. Para isso, precisamos mudar a cultura de nosso país", afirmou.
Segundo Rezende, o governo quer "abrir novos caminhos, aumentar as possibilidades de empregos e pesquisadores, em especial nas empresas brasileiras. Temos um caminho enorme para percorrer nesse sentido. Até então, os empregos para cientistas eram apenas nas universidades."
O ministro disse que o governo vem buscando firmar parceria com todos os estados e citou como exemplo um fundo de cerca de R$ 40 milhões para fomentar pesquisa na Amazônia ?segundo sua assessoria de imprensa, este é um dos 16 existentes no país.
"Se no começo do século 19 tivéssemos tirado um pequeno percentual da arrecadação da produção da borracha e investido em ciência e tecnologia, não tenham dúvida de que o Pará e toda a região amazônica seriam muito diferentes do que são hoje. Estamos começando um pouco atrasados, mas temos muita disposição, articulação. E os resultados estão aparecendo", afirmou Rezende.
O ministro lembrou que, embora Brasil e Estados Unidos tenham sido descobertos na mesma época, os norte-americanos fundaram sua primeira universidade [Harvard] em 1636 e os brasileiros, quase trezentos anos depois, em 1934: a Universidade de São Paulo (USP). "Temos muito o que fazer ainda nessa área, apesar de já termos bons exemplos de resultados de ciência para a riqueza de nosso país", reiterou Rezende. Segundo ele, "o Brasil hoje é o país mais competitivo em termos de agropecuária, por exemplo, e isso não é apenas porque temos terra, mão-de-obra barata e sol o ano inteiro. É porque, na década de 70, foi criada a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]", destacou.
Com informações da Agência Brasil