As ações do Facebook mantiveram a tendência de queda nesta terça-feira, 5, depois que uma pesquisa da Ipsos revelou que apenas uma minoria dos usuários está sendo influenciada, em sua tomada de decisão de compra, por anúncios e comentários exibidos na rede social, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. Os papéis da caíram 3,8%, para US$ 25,87, no fechamento da Bolsa de Nova York. Os títulos da empresa perderam 32%, em relação aos US$ 38 de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), ocorrida em 18 de maio.
Em comparação com seis meses atrás, 34% dos usuários passaram a gastar menos tempo no Facebook, enquanto apenas 20% estão usando o site com mais freqüência, de acordo com a pesquisa. Além disso, uma em cada cinco pessoas com perfil na rede social tem adquirido produtos por causa de publicidade ou comentários que viram no site.
Em razão desse cenário, o Facebook tem enfrentado o ceticismo dos investidores em relação às perspectivas de obter receitas e o crescimento do lucro de forma sustentada. A empresa disse no mês passado que a publicidade não está acompanhando o crescimento dos usuários ativos diários, já que mais pessoas acessam o site por meio de dispositvos móveis. A rede social admite que ainda não conseguiu estabelecer um modelo de geração de receita com publicidade móvel.
De acordo com o analista Carlos Kirjner, da Sanford C. Bernstein & Co., ouvido pela Bloomberg, a desaceleração do crescimento das vendas no curto prazo vai alimentar a desconfiança dos investidores por todo o ano de 2013. A desaceleração pode "provar ser um revés temporário se, ao longo do tempo, o Facebook conseguir melhorar a monetização do site, tanto em PCs quando em dispositivos móveis, e maximizar o valor da publicidade social", disse Kirjner.