Usando IA generativa, Grupo Marista cria plataforma para otimizar consultas entre colaboradores

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Estar na internet hoje é querer ter todas as informações facilitadas a um clique de distância. Tem sido assim desde que as ferramentas de busca se popularizaram na internet e, mais recentemente, com a chegada do ChatGPT. Lançada em 2022, a ferramenta alcançou em apenas dois meses a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais, tornando-se o aplicativo de crescimento mais rápido da história. Essa evolução traz à tona o debate sobre o poder que a inteligência artificial (IA) tem de transformar o mercado e as companhias.

Uma pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box mostrou que aproximadamente um em cada três brasileiros com smartphone já utilizou o ChatGPT, e que 55% dos entrevistados usaram o aplicativo para esclarecer dúvidas sobre diversos temas. Isso indica que a ferramenta se tornou um buscador dinâmico para diversos fins. Percebendo essa mudança de comportamento, as empresas têm aplicado essa tecnologia com resultados positivos. Em Curitiba (PR), uma plataforma baseada no ChatGPT foi implementada dentro do Grupo Marista para, inicialmente, resumir de forma prática e objetiva as políticas de privacidade da instituição.

Conectada com o Portal de Integridade Marista, a ferramenta em forma de chat utiliza a IA Generativa para responder com cordialidade e humanidade a quaisquer perguntas dos colaboradores do Grupo Marista relacionadas às diretrizes. "Se alguém quiser saber, por exemplo, como funciona o recebimento de diárias em caso de viagens, basta perguntar no chat e a plataforma buscará a resposta nos documentos internos da instituição que totalizam milhares de páginas. Estamos com isso, desburocratizando a forma de acesso e consulta ao nosso Código de Conduta, políticas e procedimentos. Isso melhora a experiência dos usuários.", explica o diretor de Auditoria Interna, Riscos e Compliance do Grupo Marista, Renato Lara.

Confiança nas respostas

Mesmo com a tecnologia trabalhando a favor, o cuidado com o fornecimento de dados e a segurança da informação são essenciais ao adotar esses recursos tecnológicos. O diretor de Tecnologia e Transformação Digital do Grupo Marista, Silvio Mendonça, conta que como esses mecanismos representam modelos matemáticos avançados é necessário cautela na implementação dessas ferramentas para evitar problemas futuros de reputação ou imagem com respostas imprecisas ou com algum viés.

"A qualidade dos dados que a ferramenta processa é responsável pela qualidade das respostas que ela oferece. Por isso, a fase de testes iniciais é indispensável, assim como a curadoria dos conteúdos fornecidos", avalia.

Silvio esclarece ainda que um dos grandes méritos da inteligência artificial pode se transformar em um grande problema, caso o processo de curadoria dos dados não seja cuidadoso. Dado que a IA é convincente nas respostas que fornece, uma informação incorreta ou duplicada inserida no sistema pode resultar em um dado interpretado como verdadeiro. "É preciso ter muito cuidado para não haver informação conflitante no sistema", conclui.

A plataforma usada pelo Grupo está em fase final de curadoria e deve ser disponibilizada para a consulta de todos os colaboradores no próximo mês. A ideia é que, após aplicada e constatada a melhoria nos processos internos, novos aplicativos serão desenvolvidos e disponibilizados também para o público externo.

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