Em continuidade ao seu Programa de Formação de Recursos Humanos, a Softex– Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro convocou seus 23 agentes regionais, em parceria com outras instituições ligadas ao setor, a apresentarem projetos pilotos de curta duração para capacitação ou reciclagem de programadores e profissionais de informática. O comitê gestor selecionou os projetos dos agentes das cidades de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis, este último contando com a co-participação do agente de Blumenau.
Um repasse de aproximadamente R$ 1,4 milhão será feito para os oito projetos aprovados, sendo prevista uma complementação com contrapartidas da ordem de pouco mais de R$ 2 milhões. Dessa forma, essa fase piloto do programa terá um investimento total de aproximadamente R$ 3,4 milhões.
O Programa de Formação de Recursos Humanos, desenvolvido pela Softex com recursos financeiros do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Secretaria de Política de Informática (Sepin), oferecerá a partir deste mês desde cursos de programação em Java, .Net e Cobol, até treinamentos avançados em qualidade e melhoria do processo de desenvolvimento de software. Os agentes puderam definir as carências locais de formação de pessoal que seriam atendidas, resultando, portanto, em uma oferta de cursos diferente em cada localidade.
O Rio de Janeiro, por exemplo, priorizou uma parceria com a Delegacia Regional do Trabalho para a formação de deficientes físicos em técnicas de desenvolvimento para a web. Em Belo Horizonte, a oferta está focada em cursos de gerenciamento de projetos de software e formação de desenvolvedores e de analistas em Java. A previsão é de que sejam disponibilizadas 1.516 vagas em todos os cursos, sendo que alguns deles serão oferecidos mais de uma vez.
Levantamento realizado pela Softex aponta que há uma carência estimada em 20 mil profissionais para o setor. Em cinco anos, alerta a entidade, serão 200 mil vagas em aberto, levando-se em consideração a projeção média de crescimento do mercado interno, que é de 6,5%.
Para os próximos dez anos, estima-se que cerca de 30 milhões de novos postos de trabalho relacionados com tecnologias da informação e comunicação (TICs) serão criados em todo o mundo e o Brasil precisa acelerar o ritmo de formação de novos profissionais para este mercado, sem descuidar da qualidade e das competências a serem ensinadas.