No momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o mundo estava vivendo uma pandemia pelo novo coronavírus e, a partir disso, governos tiveram que adotar medidas restritivas para reduzir o risco de contágio, empresas de todos os setores rapidamente precisaram rever e adaptar suas dinâmicas de operação às medidas de distanciamento social.
Embora muitos gestores possam ter considerado, de início, as políticas de home office um pouco precipitadas, o fato é que o fenômeno do work from home não só contribuiu para a segurança dos funcionários e o achatamento da curva de contágio, como veio para ficar, uma vez que grande parte do futuro do trabalho será feito em casa.
A despeito de muitas empresas terem evitado ou adiado, por anos, estabelecer procedimentos para uma operação remota, a pandemia mostrou que essa questão deixou de ser uma alternativa e passou a ser uma realidade. E ela é bem vista pelos trabalhadores, como indica uma pesquisa feita recentemente pela Fundação Dom Cabral (FDC) e a consultoria e auditoria Grant Thornton, que ouviu 705 profissionais de 18 estados brasileiros e constatou que 54% deles querem continuar em home office após a pandemia. Quase 40% perceberam que a produtividade em casa é semelhante àquela do trabalho presencial, apontou o estudo.
Em contrapartida, quando as pessoas estão em casa, podem optar por usar seus próprios dispositivos, aplicativos ou serviços para enviar e receber dados confidenciais – o que, potencialmente, pode abrir brechas de segurança. As alternativas gratuitas clássicas disponíveis em telefones celulares não permitem que as equipes de TI saibam exatamente onde estão os arquivos, com consequências que vão além do controle interno e representam riscos relacionados à proteção de dados.
Se existe um aprendizado claro da Covid-19, no campo do trabalho, é que as empresas devem fazer o necessário para que os funcionários possam realizar suas atividades em casa com segurança e eficiência. A colaboração é ainda mais importante quando os profissionais estão isolados: as equipes de TI precisam garantir que todos tenham as mesmas ferramentas e serviços que teriam se estivessem no escritório.
Grandes empresas de setores como saúde ou finanças são rotineiramente auditadas para esses problemas, e outros setores também começam a ser cobertos por legislação específica. Nesse sentido, o emprego remoto pode complicar a vida das equipes de TI, que trabalham para cumprir os protocolos de conformidade em termos de proteção de dados.
Nesse sentido, a transferência gerenciada de arquivos (MFT) permite o compartilhamento de dados sem interromper a dinâmica de trabalho colaborativo, possibilitando aos usuários trabalhar remotamente e com segurança.
Outro desafio é a autenticação. Como muitos dos aplicativos e serviços estão na nuvem, os usuários podem exercer suas atividades remotamente sem perder recursos para realizar seu trabalho. Nesse sentido, o Logon único (SSO) possibilita a autenticação adequada de funcionários remotos, permitindo que escolham o dispositivo ao qual querem se conectar.
Com as ferramentas certas, dificuldades inerentes ao trabalho remoto podem ser solucionadas, mesmo as mais complicadas. Soluções como o MFT e o SSO permitem que as equipes de TI cumpram os protocolos de segurança de dados, possibilitando aos funcionários executar suas funções com eficiência e sem colocar em risco os dados das empresas.
Francisco Larez, diretor regional de vendas da Progress.