O presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, e o assessor do ITI, Ricardo Valle, participaram nesta quarta-feira (5/9) da reunião do Comitê Técnico de Implementação do Software Livre. O encontro reuniu os integrantes do comitê para avaliar as ações do governo na área de software livre e também apresentar resultados dos projetos desenvolvidos durante o ano de 2006 e no primeiro semestre de 2007.
Durante a reunião, Martini apresentou a publicação ?Direito do Software Livre e a Administração Pública?, resultante do estudo feito a pedido do ITI pela Escola de Direito Rio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e destacou a importância da disponibilização do texto de forma livre.
O documento oficial gerado pelo estudo está disponível no site do instituto. O presidente do ITI fez também um balanço do projeto Free Libre Open Source Software (FLOSSWorld), desenvolvido pela União Européia e que contou com a parceria de 17 organizações em 12 países, entre eles o Brasil.
O assessor da presidência do ITI, Ricardo Valle, apresentou o programa João de Barro, iniciativa coordenada pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), que tem o objetivo de desenvolver uma nova plataforma criptográfica para a Autoridade Certificadora Raiz da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
Valle mostrou alguns resultados já obtidos no projeto, como a entrega dos três produtos previstos desde sua concepção: o hardware desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o gerador aleatório criado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Segurança das Comunicações (Cepesc) e um software chamado Sistema de Gerência de Certificados (SGC), desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Na reunião, foi lançada a versão digital do livro ?Desenvolvimento de Tecnologia Aberta?, cuja tradução ficou a cargo do ITI . ?A nossa preocupação é a de combater muitos mitos a respeito do software livre. O documento tem muito a contribuir para quebrar mais um mito: de que software livre não é seguro?, observou Corinto Meffe, gerente de Inovações Tecnológicas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI).
O Ministério do Meio Ambiente assinou o termo de disponibilidade de um software de geoprocessamento, o I3GEO, desenvolvido com tecnologia aberta, no portal do software público brasileiro (www.softwarepublico.gov.br).
O diretor de Tecnologia da Informação da Presidência da República, Maurício Marques, apresentou o novo portal do software livre no governo, que estará no ar até o fim de ano. O site foi desenvolvido pela equipe da presidência, com colaboração do grupo de trabalho de migração para o software livre. O endereço do portal continuará sendo o mesmo: www.softwarelivre.gov.br.
Além do presidente do ITI, participam da reunião o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, o gerente regional da unidade da Dataprev no Rio Grande do Sul, Mário Teza, e o secretário da SLTI, Rogério Santanna.