Como medida preparatória para uma nova oferta massiva de ações no mercado, o Facebook cancelou a oferta secundária de papéis e irá arcar com os impostos para manter o dinheiro em caixa de uma parcela acionária pertencente a empregados. As informações foram detalhadas em um documento protocolado na Securities Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. Nele, o CEO da rede social, Mark Zuckerberg, e dois investidores informaram que não existe plano de venda de ações que pertencem ao empresário até o próximo ano.
A decisão irá custar ao Facebook ao menos US$ 1,9 bilhão de dinheiro em caixa, sendo o valor por ação a metade dos US$ 38 alcançados na abertura do capital da empresa, em maio, de acordo com cálculos do Business Insider. A companhia irá comprar 101 milhões de papéis, de um total possível de 234 milhões que pertencem aos empregados.
Com a permissão da companhia que os funcionários vendam suas ações para a própria empresa duas semanas antes da data de expiração do período de restrição de vendas a acionistas, quando outros 777 milhões de ações terão a negociação desbloqueada na Nasdaq, o Facebook busca evitar uma nova queda no valor dos papéis. Isso se daria pela diminuição da oferta de ações disponíveis.
Além disso, a decisão de Zuckerberg de reter seus papéis está alinhada ao compromisso de Marc Andreessen, um dos principais investidores da empresa, a não colocar no mercado o restante de 0,25% de sua participação – salvo uma pequena parcela para cobrir encargos tributários. Don Graham, outro acionista, também manterá as 770 mil ações que detém para negociá-las no futuro, como mostra o documento disponibilizado pelo blog de tecnologia TechCrunch.
As ações do Facebook fecharam a US$ 17,72 na última terça-feira, 4, após atingirem um novo recorde de baixa de US$ 17,55 na tarde do mesmo dia.