A ministra Luciana Santos anunciou a seleção de três Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) que vão receber investimento de R$ 178 milhões para o desenvolvimento de tecnologias.
Os recursos são originários do PPI HardwareBR. O modelo combina ações de ampliação e fortalecimento de competência científica e tecnológica e Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), de formação e capacitação de recursos humanos, além de estabelecer associação tecnológica com empresas, atrair e criar startups.
Uma das três empresas beneficiadas é o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), localizado no Paraná. Luiz Fernando Viana é presidente da instituição e enfatiza que o investimento ajuda no desenvolvimento do país. "Hoje é um dia muito importante para a inovação brasileira pois foram anunciados três centros de competência e o Lactec será um deles em hardware na área de Eletromobilidade e Sistemas Inteligentes. E isso é fundamental porque vai unir grandes atores do sistema de inovação: academia, startups, indústria, empresas de uma maneira geral", disse.
Além do Lactec, foram contemplados também o Instituto Senai de Inovação (ISI) em Sistemas de Sensoriamento, do Rio Grande do Sul, que desenvolverá tecnologias para Agricultura Digital; e o Virtus (Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia da Informação, Comunicação e Automação) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, especializado em plataforma de sensoriamento inteligente para indústria com Inteligência Artificial e Internet das Coisas.
Ao todo serão nove centros de competência beneficiados. Três instituições foram anunciadas em maio deste ano com o aporte de R? 180 milhões e mais três que serão contempladas no início de 2024.
Os Centros de Competência Embrapii vão trabalhar no desenvolvimento de tecnologias emergentes, também conhecidos como tecnologia de fronteiras, como, por exemplo, o carregamento rápido de veículos elétricos; integração de fontes de energia renovável em redes inteligentes; monitoramento de cidades inteligentes e conectadas; armazenamento de energia de forma distribuída em larga escala; soluções embarcadas para lidar com processamento de dados impulsionada por tecnologias como 5G e IoT; técnicas, métodos e ferramentas para melhoria da qualidade e produtividade no processo de engenharia de software utilizando abordagens inteligentes; entre outras áreas.
O objetivo é que o conhecimento produzido nos Centros de Competência Embrapii amplie as oportunidades para criação de novas funcionalidades para a indústria brasileira que ultrapassem as fronteiras tradicionais dos produtos e serviços.
"São iniciativas que se somam com a perspectiva de aproximar o conhecimento das demandas do setor produtivo e tornar a indústria brasileira mais inovadora e mais competitiva. No caso dos hubs de inovação que estão sendo implantados pela Embrapii, consideramos estratégico o fortalecimento de competências em tecnologias disruptivas para alinhar o País às principais tendências mundiais em inovação e projetar a indústria do futuro", finalizou a ministra Luciana Santos.
Além dos Centros de Competência em Plataformas de Hardware Inteligentes e Conectadas, já foram anunciadas as instituições responsáveis por outras três unidades. Para o Centro de Competência Embrapii em Tecnologias e Infraestruturas de Conectividade 5G e 6G foi selecionado o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG); para o Centro de Competência Embrapii em Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais, foi selecionado Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG), em Goiânia (GO); e para o Centro de Competência Embrapii em Open RAN (Open Radio Access Networks), foi selecionado o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), em Campinas (SP).
Ainda serão anunciados outros três novos Centros de Competência Embrapii, nas áreas de Terapias Avançadas, Segurança Cibernética e Tecnologia Quântica.