A adoção de uma gestão moderna de identidade e acesso (IAM) na nuvem é central para qualquer roteiro de segurança e estratégia de segurança da informação, especialmente se está seguindo a abordagem de zero trust. Muitas empresas estão optando por sistemas de identidade baseados na nuvem, atraídas pela promessa de gestão unificada, governança de acesso, autenticação única (SSO) e alta disponibilidade. Além disso, essas soluções oferecem avanços em segurança, como autenticação multifatorial (MFA), monitoramento de credenciais na dark web e mecanismos de detecção e resposta a ameaças de identidade.
Teia de identidade: um novo olhar sobre segurança
À medida que mais organizações se movem para a nuvem, um conceito importante tem surgido: a teia de identidade. Esse modelo ajuda a criar uma abordagem mais integrada e coesa para a segurança, afastando-se de ferramentas desconectadas e silos que muitas vezes dificultam a gestão de identidade e acesso.
Fazer a transição de infraestruturas tradicionais para uma teia de identidade traz muitos benefícios. As empresas podem reduzir a complexidade, aumentar a compatibilidade entre sistemas, automatizar processos, obter insights de risco em tempo real e, claro, economizar. Essa abordagem, combinada com os princípios de zero trust e controle de acesso baseado em políticas, assegura que a segurança seja aplicada de forma consistente e que a avaliação dos riscos seja contínua.
Credenciais: o ponto fraco da segurança
Todos sabemos que os ataques baseados em credenciais são uma das principais causas de vazamentos de dados. Embora a autenticação multifatorial (MFA) ajude a proteger contas ao verificar quem está acessando, a senha – que é o principal fator de autenticação – ainda é vulnerável a roubo e uso indevido. O monitoramento de credenciais na dark web é uma forma de manter as empresas informadas sobre a exposição de suas credenciais, permitindo que tomem medidas proativas para gerenciar esses riscos.
Detecção e resposta a ameaças de identidade: necessidade emergente
Um campo em crescimento na cibersegurança é a detecção e resposta a ameaças de identidade. Essa prática se concentra em proteger identidades e a infraestrutura associada contra as táticas de ataque mais comuns. A detecção e resposta a ameaças de identidade envolve estratégias para identificar e responder a anomalias e vulnerabilidades, tanto em sistemas locais quanto na nuvem.
Lidar com atacantes é complicado. Uma vez que eles conseguem acesso, podem causar danos significativos, como roubo de dados e aquisição de privilégios. É por isso que a abordagem de zero trust é tão importante. Nela, ninguém é confiável por padrão, e o acesso é concedido apenas quando absolutamente necessário. Além disso, implementar uma vigilância constante de identidades e dispositivos, com ações de resposta eficazes, é fundamental para se proteger.
Preparando-se para o futuro da segurança da identidade
À medida que as organizações se movem para a nuvem, a segurança da identidade se torna uma parte crítica de suas estratégias de cibersegurança. Adotar uma teia de identidade, junto com tecnologias avançadas como detecção de ameaças e autenticação multifatorial, não só fortalece a proteção de ativos digitais, mas também prepara as empresas para lidar com um panorama de ameaças em constante evolução.
Ao combinar uma gestão moderna de identidade com os princípios de zero trust, as organizações podem garantir que suas infraestruturas de identidade sejam resilientes, automatizadas e capazes de identificar e responder rapidamente a novas ameaças.
Dennis Brach, country manager da WatchGuard Brasil.