A Nokia vai dobrar sua capacidade de produção de celulares na China para responder ao crescimento explosivo da telefonia móvel nos países asiáticos. O anúncio foi feito pela fabricante finlandesa na semana passada, quando adiantou a expansão, a partir de 2006, da linha de produção da fábrica que mantém em Dongguan, localizada ao Sul de Hong Kong.
A decisão tem como base um levantamento apontando que as vendas de celulares na China tiveram um aumento de 77% no primeiro trimestre de 2005, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Somente no período de janeiro a setembro deste ano, a Nokia vendeu na região asiática 23 milhões de telefones celulares, totalizando um volume de receitas de US$ 3,3 milhões. De acordo com projeções, de um total de 380 milhões de assinantes da telefonia celular na região, o número deve saltar para 520 milhões em 2008 e para 600 milhões em 2010.
O pólo industrial e tecnológico de Dongguan é estratégico para a rede de distribuição mundial de telefones celulares da Nokia, como declarou a fabricante num comunicado à imprensa. Na mesma nota, a empresa diz que o aumento da capacidade de produção da fábrica a ajudará a melhor sua posição frente à concorrência nos mercados da China e da Ásia em geral, diante do forte crescimento da demanda.
Quando estiver funcionado a plena capacidade, a fábrica, que atualmente tem 1,1 mil empregados, deve empregar 1,9 mil pessoas. Em toda a China continental (Hong Kong, Macao e Taiwan), a Nokia emprega cerca de 6 mil pessoas, distribuídas entre seis unidades de pesquisa e desenvolvimento e quatro fábricas.
A Nokia possui atualmente nove fábricas de telefones celulares ao redor do mundo. No primeiro semestre do ano que vem, a empresa colocará em operação também a sua unidade indiana, em Chennai (antiga Madras).