A MicroStrategy projeta um crescimento entre 8% a 10% para suas operações no Brasil neste ano, o que, se confirmado, representará cerca de 4% do faturamento global da empresa. Mesmo diante da crise internacional, Flavio de Andrade Bolieiro, vice-residente da MicroStrategy para a América Latina, faz uma projeção otimista para 2009. "Diante da necessidade de redução de custos e mais agilidade nas tomadas de decisão, as grandes empresas terão de investir em software de business intelligence (BI) e isso deve ajudar nos nossos negócios", analisa o executivo, que comemora o fato de a empresa ter conquistado 20 clientes no Brasil durante este ano – atualmente, a base da empresa é composta por 200 clientes.
Apesar disso, o executivo acredita que a demanda não será tão alta no primeiro semestre. Ele aponta que as empresas dedicarão os primeiros meses do ano para analisar os impactos da crise e sua real proporação. Após isso, Bolieiro prevê forte demanda das companhias por investimentos em BI, abrindo uma grande oportunidade de mercado para a MicroStrategy..
Para Bolieiro, os bons fundamentos da economia brasileira para lidar com a crise vão contribuir para que a subsidiária local aumente a participação nos resultados do grupo. Ele observa que a empresa dispõe de US$ 100 milhões em caixa para investir nas filiais que tem espalhadas pelo mundo.
Dessa forma, para se adequar ao novo cenário de TI, com o avanço da modalidade de venda de software como serviço (SaaS) e do conceito de cloud computing, Bolieiro diz que a MicroStrategy vai investir na ampliação de sua rede de parceiros para tentar deslanchar sua estratégia de SaaS. Segundo ele, a empresa vai manter o seu modelo de venda de licenças de software e serviços de manutenção para seus parceiros, os quais repassariam para os clientes por meio da modalidade de serviço. "No Brasil, já temos duas parcerias com esse conceito de oferta e a meta é de aumentar esse número em 2009", afirma Bolieiro.
Em relação à consolidação do mercado, com as compras de empresas de BI por gigantes como Oracle e SAP, Bolieiro entende que esse cenário favoreceu a MicroStrategy por ser uma empresa menor, portanto, segundo ele, com mais agilidade para a entrega dos produtos para os clientes.
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