O Twitter inaugurou nesta quarta-feira, 5, seu terceiro escritório fora dos Estados Unidos. A cidade escolhida para sediar as operações latino-americanas foi São Paulo, cuja atuação estará estruturada em parceiros comerciais e empresas certificadas para análise de dados da rede de microblogs e venda de publicidade dirigida.
“Nos anos 2000, o Brasil era um dos últimos países para novidades e lançamentos do Twitter. O tamanho e a importância do mercado brasileiro de internet fez isso mudar. Hoje, o país já é um dos cinco que mais crescem em número de usuários”, explica o diretor geral do Twitter no Brasil, Guilherme Ribenboim. Ele não revela os números regionais, mas diz que a rede de microblogs tem atualmente 140 milhões de perfis ativos em todo o mundo, responsáveis por 400 milhões de mensagens diárias. A América Latina representa 16% do número de pessoas com conta na rede de microblogs.
A estratégia de atuação na região seguirá o modelo de negócio do Twitter, cuja receita está baseada na venda de publicidade dirigida. As três possibilidades hoje existentes, perfil patrocinado, tópico patrocinado e twitt patrociano, ficarão mais acessíveis às marcas no país. “A falta de suporte local era uma queixa frequente das agências digitais que queriam usar a plataforma para campanhas”, conta Ribenboim.
O executivo será responsável também por criar uma rede de parceiros certificados do Twitter, programa já existente em outros países. A partir do ano que vem, empresas de análise e pesquisa de mercado poderão usar as informações existentes na rede de microblogs para determinar tendências de marketing, por meio da análise de big data das informações veiculadas diariamente no site. “Nosso foco aqui é a venda de anúncios, campanhas de marketing e parcerias com diferentes tipos de organizações para exposição de conteúdo”, esclarece o vice-presidente internacional do Twitter, Shailesh Rao.
Além da sede nos EUA e o escritório em São Paulo, o Twitter tem operações no Reino Unido, Japão e um pequeno escritório em Dublin, na Irlanda.
Audiência e mobilidade
Os executivos negam a queda do uso da ferramenta, detectada recentemente em dados divulgados pela comScore. “A maioria de nossos usuários utilizam plataformas móveis, que não são medidas nesse tipo de pesquisa”, argumenta Rao. Segundo ele, 60% do público do Twitter utiliza o serviço todos os dias em smartphones e tablets. Em alguns países esse percentual é ainda maior, como no Reino Unido, com 70%, e o Japão, com 80%. O Brasil também segue essa tendência”, afirma.