Inovar é correr riscos. Se já soubermos o resultado final, não é inovação. Também ninguém inova sozinho, precisamos somar ideias para ultrapassar nossos horizontes. Assumi a presidência da Assespro-RS com a responsabilidade de, junto com os demais membros da diretoria, liderar e representar um setor em que a importância não está no número de empresas, nem de empregos que gera, mas na revolução que causa em todas as demais áreas.
A tecnologia da informação (TI) é responsável por viabilizar todas as demais empresas e organizações se mantenham competitivas, garantindo sua sobrevivência e os empregos que movem toda a economia. Hoje sem TI não se faz uma ligação telefônica, não se acessa o banco, nem se emite uma nota fiscal, ou seja, perdemos o acesso a informação.
A TI ainda diverge das atividades econômicas tradicionais onde a demanda é limitada. A tecnologia não tem fronteiras. Evolui e, quanto mais as organizações a utilizam, mais ganham em eficácia e produtividade é um modelo ganha-ganha.
É uma Indústria jovem, moderna, não poluente, portadora de futuro, produtora de conhecimento, geradora de alto valor agregado. É onde se concentra a maioria das grandes inovações, uma das que melhor remunera, é ela que democratiza a informação, que melhora a distribuição da riqueza.
Mas, se nosso setor tem tal importância estratégica, pergunto a todos aqueles que têm o poder da decisão: por que não é esta a matriz econômica de nossa região? Essa é a principal meta da minha gestão, trabalhar por uma política efetiva de apoio ao desenvolvimento do setor, por profissionais qualificados, por uma Lei de Incentivo ao Software que permita agregar valor e exportar conhecimento, reduzindo assim nossa dependência econômica, entre tantas outras importantes demandas. São questionamentos nem tão novos. Por anos temos trabalhado esses assuntos, mas infelizmente pouco foi resolvido. Conhecemos nossos limites e competências, porém é este o momento de conclamar a associação dos empresários de TI, somos um importante vetor e necessitamos de alinhamento para ter força.
A indústria da TI Brasileira tem crescido mais que o dobro do PIB nacional, com mercado de 112 bilhões de dólares representando 4,5% do PIB, é o sétimo maior mercado mundial de TI e deve se tornar o quinto em 10 anos. É para atender este mercado que precisamos criar agora, ainda que tardia, um ambiente mais propicio para o desenvolvimento da indústria forte de TI Brasileira.
Robinson Klein, presidente Assespro-RS