A produção da indústria brasileira recuou 5,2% em novembro, após retração de 1,7% verificada em outubro. O resultado, divulgado nesta terça-feira,hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a maior queda na atividade fabril desde maio de 1995 (-11,2%). Somente em outubro e novembro, a queda acumulada no setor é de 7,9%.
No confronto com novembro de 2007, foi registrada uma redução de 6,2%, que interrompeu um ciclo de 28 meses de taxas positivas. Com isso, o índice acumulado para o período janeiro-novembro de 2008 ficou em 4,7%, e o acumulado nos últimos 12 meses (4,8%) desacelerou frente ao resultado de outubro (6,0%).
O principal impacto negativo veio da indústria de veículos automotores, com queda de 22,6%, seguida por máquinas para escritório e equipamentos de informática (-29,7%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-20,5%), veículos automotores (-18,3%), edição e impressão (-14,8%) e máquinas e equipamentos (-11,9%), entre outros.
Dos 27 ramos industriais investigados, 22 exibiram índices negativos. O índice de difusão também refletiu a ampliação do quadro negativo: 64% dos 755 produtos investigados mostraram queda na produção, nível recorde desde janeiro de 2003, mês do início da série desse índice.
No corte por categorias de uso, ainda no comparativo novembro 2008/novembro 2007, apenas bens de capital sustentaram expansão (3,6%), ao passo que bens de consumo duráveis (-22,1%), bens intermediários (-7,5%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,8%) apontaram taxas negativas.
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