Após mais de um mês de uso pela população brasileira, cerca de 92 milhões de transações já foram realizadas pelo PIX, o que soma um valor superior a R$ 83,4 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. Toda essa movimentação significa que a tecnologia usada para pagamentos fez sucesso no país e a tendência é que seja cada vez mais utilizada.
É dentro desse cenário polvoroso de transformação digital que os bancos ensaiam uma migração em massa para serviços de nuvem pública. Até então, grande parte das instituições financeiras opta por manter as informações em nuvem privada, uma vez que fazem grande quantidade de transações por dia e lidam com grande quantidade de dados dos clientes.
Entretanto, especialistas reforçam que a partir de agora, com o uso do PIX disseminado entre a população, a situação deve ser outra. "Achar que a nuvem privada é a melhor opção para suportar grande número de transações e preservar os dados é ainda um pensamento muito antigo. Prova disso é que os próprios bancos já estão nesse processo de adoção da nuvem pública com as próprias fintechs, que já nasceram na era da tecnologia", explica Diogo Santos, diretor de tecnologia da Claranet, multinacional de tecnologia, com foco em serviços gerenciados de cloud computing.
Bem antes do PIX, o Banco Fibra, focado em grandes e médias empresas dos setores de agronegócio e corporativo, já detectou a necessidade e no início de 2019 migrou integralmente suas aplicações para o ambiente de nuvem da Amazon Web Services (AWS), tornando-se o primeiro banco tradicional com estrutura originalmente on premises a alcançar tal feito. Todo o projeto de migração foi realizado pela Claranet em conjunto com a equipe de TI do Banco Fibra.