O cenário brasileiro da área de Service Desk + Field Services

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O mercado de TI no Brasil é feito por mais de 1 milhão de profissionais e registra, por ano, US$ 85 bilhões – o que corresponde a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O cenário é de crescimento principalmente porque, cada vez mais, o Brasil tem se mostrado um grande player para várias áreas mundialmente. Os olhos do mundo estão voltados para cá: vivemos em um tempo de economia forte e aquecida, capacitações a todo vapor, sem falar ainda de uma característica que nos faz muito diferente perante aos outros povos: a prestatividade. Posso dizer que, especificamente, no setor de service desk + field services – que surgiu no Brasil há cerca de 25 anos, no momento onde eu também fundava a empresa Asyst International – essa prestatividade, junto com o otimismo do brasileiro, já nos diferenciam no primeiro contato. Somos os únicos que já atendem sorrindo – e, sim, é possível sentir isso, mesmo que por telefone.

Tenho um exemplo que comprova a inserção do mercado brasileiro como um grande player mundial. No ano passado, estive presente na feira HDI, em Las Vegas. Lá, conversei com cerca de 20 empresas e elas foram categóricas quando, em minha abordagem, falei sobre testar o Brasil como um provedor de serviços service desk. O próprio cenário dos profissionais também mudou: agora, os profissionais brasileiros presentes em encontros globais não adotam uma postura discreta; ao contrário, eles se posicionam, mostram o seu potencial e, em comparativos mundiais, também os melhores resultados de performance (qualidade, preço e resultados acima da média). Fatos como esses mostram que o Brasil pode ser um importante hub nesse segmento, o que aumentaria ainda mais a tendência de players mundiais em solicitarem serviços de service desk executados através daqui.

De acordo com o HDI Global, em geral, 5% do budget anual da área de TI de uma empresa é destinado à service desk + field service. E, na hora em que o usuário final avalia TI, 87% dos usuários acha que TI é somente service desk, ou seja, de fato service desk é a vitrine da área de TI. Mas nem tudo são flores. Na hora de fechamento de contratos globais, competimos não só com o Brasil, mas com outros países, por exemplo, Argentina e Índia; e haverá um momento em que o preço não irá mais mandar. Uma característica que virá à tona nesse cenário é a de que chegará um momento no qual o item qualidade será a maior exigência – não mais o preço.

No caso específico da Asyst International + Rhealeza, para nos destacarmos ainda mais nesse cenário, realizamos um constante trabalho de catequização entre os nossos clientes. Hoje, atendemos presencialmente dentro do Brasil – ou seja, desde o Brasil – mais de 3.700 cidades, e, além disso, ainda 100 diferentes países remotamente, mas o volume disso ao longo dos próximos cinco anos irá quase dobrar o tamanho do mercado de TI brasileiro tamanho até 2020 (apenas crescimento interno), de acordo com pesquisas da própria Brasscom.

Um estudo realizado pelo Ministério da Educação (MEC), Ministério do Trabalho (MIT) e Brasscom prevê que, em 2014, teremos no Brasil uma demanda não suprida de 45.000 profissionais em TI, sendo 33.000 formados para 78 mil vagas disponíveis, ou seja, o Brasil vai se tornar mais atrativo. Isso nos gera um alerta: precisamos de mão de obra qualificada, universidades de TI que preparem bem os novos profissionais, que disseminem os conceitos de service desk. Caso isso não aconteça, veremos uma tendência em importar, e não aproveitar, a estrutura local.

*Francisco Blagevitch é presidente da Asyst International + Rhealeza,.

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