A resposta é sim! Rentabilidade, como você já sabe, é um importante indicador de desempenho de qualquer negócio. Ela é o grande medidor do potencial de uma empresa, a saber, se pode ou não se sustentar. Basta um cálculo simples para avaliar – dividir o lucro de um determinado período pelo investimento na estrutura, e pronto, a resposta será clara.
Mas, não tão fácil quanto a fórmula matemática, ter rentabilidade exige estratégia. E no caso do varejo, onde lojistas possuem um fluxo de vendas muito grande e precisam se reinventar para manter o volume de venda, é comum ver a margem sacrificada para conquistar um lugar ao Sol no mercado.
Uma ação comum, mas nem sempre eficaz é a de elevar preços com a intenção de aumentar a margem de lucro. Mas, e o consumidor? Esse está cada vez mais exigente e atento às melhores oportunidades, inclusive, de pagar menos. Portanto, vender mais caro pode causar o risco de afastar clientes, e pior, mandá-los direto para os concorrentes sem ao menos a chance de negociar.
Dentre tudo, um dos fatores mais agravantes na vida do varejista é o custo. O Pão de Açúcar, por exemplo, teve aumento de 17,2% em suas ações negociadas em Bolsa sobre os últimos três meses de 2013. Isso porque, segundo analistas econômicos, as companhias de varejo têm recorrido a cortes nas despesas operacionais.
A questão então é: "como reduzir custos da minha operação e ainda precificar de forma equilibrada os meus produtos, blindando meu lucro?" E eu respondo: aderindo a tecnologias que substituam mão de obra e ainda automatizem estratégias de forma inteligente. Acredite, isso existe e não muito longe de você.
Em uma pesquisa recente realizada pela RIS Retail Info System News, nos Estados Unidos, 22% dos varejistas entrevistados dizem utilizar algum sistema tecnológico para precificar seus produtos de maneira mais inteligente, e outros 35% planejam implementar nos próximos 12 meses.
A pesquisa revela ainda que 73% dos varejistas apontam o uso de tecnologias automatizadas para definição de preços no e-commerce como técnica para se manter competitivo no mercado.
Já no mercado brasileiro, a prática da Precificação Dinâmica vem se consolidando aos poucos, mas já garante resultado a quem a utiliza. Além de tendência, essa sem dúvida é uma realidade que precisa estar presente na vida do varejista.
Esse recurso possibilita enxergar o comportamento de seus concorrentes em tempo real, e ainda determinar regras para mudanças automatizadas nos preços de seus produtos. Logo, os preços no e-commerce são reajustados levando em conta a frequência na mudança de preços, a margem por linha de produtos, o cenário competitivo, a performance de vendas por preço praticado e a percepção de valor dos produtos perante os consumidores, ou seja, tarefas que manualmente levariam um tempo homérico para serem concluídas e, certamente, fora de timing.
Por fim, adapte-se, atualize-se e de toda forma, proteja a sua rentabilidade, afinal, ela é a grande responsável pela saúde e pelo futuro do seu negócio.
Ricardo Ramos, CEO da Precifica e diretor de monitoramento da ABComm