Há alguns meses o mercado norte-americano de telefonia móvel se perguntava como seria a entrada do grupo Disney no mundo do celular. A resposta foi dada na abertura da CTIA Wireless, que acontece esta semana em Las Vegas.
Ao contrário do que se supunha, não é uma estratégia baseada em grandes volumes de conteúdos audiovisuais, e sim em controle de uso. A decisão estratégica da Disney foi dar aos pais o poder de controlar as ações dos filhos com o celular.
Entre as possibilidades, estão a restrição de determinados números, a restrição de uso em determinados horários, o pré-estabelecimento dos minutos que os filhos poderão usar, o volume de mensagens de texto e os serviços que poderão ser acessados.
Aos pais, é dado o controle sobre todas estas variáveis, de modo que eles possam, de forma flexível, administrar de que forma os telefones estão sendo usados. Também faz parte do conjunto de ferramentas de controle a possibilidade de localização, em tempo real (via GPS associado a serviços de mapas e endereços), dos terminais pertencentes ao grupo familiar. Não estão incluídos no pacote, obviamente, a possibilidade de monitorar o conteúdo das chamadas.
Segundo Steve Wadsworth, COO da Disney, caberá a cada grupo familiar decidir o que dar aos filhos, com quais limitaçõeos, em função da maturidade de uso. A novidade da Disney é que esse pode sair da mão da operadora e passa a ser controlado a partir do celular dos próprios pais.
Naturalmente, a Disney está associando a sua marca no mundo wireless à oferta de conteúdos audiovisuais, mas isso é secundário frente ao destaque que está sendo dado par as ferramentas de controle de uso.
Conteúdos das redes ABS, ABC News e do canal Disney estarão disponíveis, assim como jogos, ringtones e imagens dos filmes.
O modelo de controle de custos pensado pela Disney Mobile é voltado para a família, mas evidentemente foi inspirado em modelos e estratégias corporativas. Já se fala em usar a plataforma desenvolvida pela Disney para o seu serviço também para redes de usuários corporativos.
