Os próximos modelos de celulares a serem lançados pela Kyocera serão equipados com um sistema de segurança que impede o uso de baterias falsificadas ou de fabricantes que não são certificados. A medida visa proteger o consumidor e evitar o uso de baterias potencialmente perigosas, assim como desestimular o surgimento de um mercado ilegal de baterias.
Os aparelhos utilizarão um sistema baseado em codificação e com patente requerida que identifica se a bateria utilizada é falsa e impede a sua recarga. Para tanto, circuitos lógicos serão implantados em todas as baterias Kyocera, cada um deles com um identificador exclusivo, como se fosse uma impressão digital.
A bateria será reconhecida como autêntica apenas após ela e o telefone terem se comunicado com êxito através de camadas de codificação baseadas na autenticação de dados. De acordo com a empresa, a probabilidade matemática de se criar uma bateria não-autorizada que possa driblar o sistema concebido é de uma em dezenas de bilhões.
?Conduzimos testes exaustivos de baterias falsificadas e não-originais produzidas para as principais marcas de aparelhos celulares e, na maioria das vezes, o custo desse produto é menor por conta da remoção de características e componentes de segurança importantes?, informou o chefe de engenharia de baterias da Kyocera, Eddie Forouzan.
Segundo ele, praticamente todas as tecnologias de autenticação criadas até hoje pelo setor ? de etiquetas com hologramas a soluções de chips estáticos de identificação ? foram comprometidas pelos fabricantes de produtos não-originais.
Há vários anos a Kyocera vem adotando medidas para evitar o uso de baterias falsificadas, desde o recall preventivo de baterias até a ampla colaboração com instituições de segurança. A empresa ajudou a criar o Grupo de Trabalho IEEE/CTIA 1725, organismo setorial global destinado à melhoria permanente da confiabilidade das baterias de telefones celulares.