Jormam Ollil, presidente da Nokia, foi um dos palestrantes que abriram a CTIA Wireless, que acontece esta semana em Las Vegas.
Naturalmente, a Nokia falou de novos serviços, novas aplicações, mas chamou a atenção o fato de a empresa ter destacado que, ainda hoje, e por muito tempo, o grande "driver" de crescimento da indústria de celular continuará sendo o serviço de voz. "Daí a importância de melhorar ainda mais a qualidde do sinal e das conexões".
Para a Nokia, os países em desenvolvimento como China, Índia, Rússia e Brasil serão os impulsionadores de 80% do crescimento que se registrará até o final de 2008, quando se espera que a plataforma de telefones móveis chegue a 3 bilhões de usuários no mundo (hoje são 2,2 bilhões).
"Cada país terá necessidades diferentes, então não há fórmula única a ser seguida". Mas a Nokia aposta muito no crescimento dos serviços que integram VoIP sobre handsets móveis, o que também significa uma aposta no crescimento das redes convergentes fixo-móvel.
O celular como estação de entretenimento também é uma realidade inevitável, e hoje, segundo a Nokia, há meio bilhão de celulares com capacidade de tirar fotos no mundo e são realizados cerca de 4 milhões de downloads de músicas para celulares todos os dias.
Na área de TV móvel, a Nokia aposta, como já se sabe, no padrão DVB-H. Mas a empresa não falou em nenhum momento em um modelo gratuito. Na visão da empresa, é preciso chegar a um modelo "affordable" e que seja de uso simples. Aliás, nos EUA também não se fala em modelos gratuitos de televisão móvel, como acontece no Brasil.
Em outubro, a Qualcomm promete lançar, em conjunto com a Verizon, a plataforma MediaFLO, que de certa forma concorre com o DVB-H estimulado pela Nokia e que é o caminho que a indústria de telefonia móvel e também a indústria de entretenimento pensa em desenvolver a TV móvel nos EUA.