A Time Warner Cable, gigante da indústria de cabo dos EUA, foi destaque na abertura da CTIA Wireless, encontro da indústria de telefonia móvel norte-americana, que acontece esta semana em Las Vegas. Glenn Britt, CEO da Time Warner, foi destaque na sessão de abertura do encontro, pregando a integração entre o cabo e a indústria do celular.
A palestra, naturalmente, foi em tom ufanista, ressaltando a importância do casamento entre as duas áreas, mas mesmo a Time Warner parece ainda não saber claramente qual será o rumo dessa parceria. Em 2005, a Time Warner e a Sprint Nextel fecharam um acordo de bundle de serviços, ou seja, um acordo para venda conjunta.
Mas Britt reconhece que isso é pouco, ele espera que as parcerias consigam ir além disso, e sirvam para a inovação de produtos e serviços que ainda não existem.
Que tipos de serviços? A Time Warner não sabe. "Durante um tempo, discutíamos se o importante era o conteúdo ou a distribuição. Chegamos, por um tempo, à conclusão de que o conteúdo é o que importava. Agora isso também está mudando, porque no mundo de hoje os usuários, com seus blogs, câmeras digitais e mensagens de texto, é que estão fazendo seu próprio conteúdo. Sites como youtube.com e myspace.com (ambos dedicados à publicação de conteúdos produzidos pelas próprias pessoas) estão provando isso. É daí que sairão os produtos convergentes que poderemos usar no futuro", pondera o CEO da Time Warner.
Ele ressalta que a indústria de cabo não pode deixar de olhar o potencial de crescimento e os impressionantes índices de abrangência da telefonia móvel, e que é fundamental agregar mobilidade à estratégia de voz, vídeo e imagens. "Exemplos de produtos como video-on-demand e DVRs (gravadores digitais) mostram que algumas vezes conseguimos dar às pessoas o que elas desejam, e não apenas o que é possível do ponto de vista tecnológico. Acho que isso vai se repetir agora cm a integração entre a TV a cabo e o celular de alguma forma". Para a Time Warner, as duas indústrias precisam caminhar juntas.