Crise no sistema financeiro beneficia a adoção de Outsourcing de TI no Brasil

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Quatro anos atrás já se falava em outsourcing na área de TI. Essa modalidade, de fato, passou a ser realidade para as empresas a partir de 2007 com a estabilização financeira mundial e a crescente demanda por serviços de Tecnologia da Informação. Em 2006 o mercado de terceirização movimentou R$ 971 milhões e segundo um estudo do Brazil Network Outsourcing Services, realizado em 2007 pela IDC, foi anunciado que o segmento terá um crescimento médio anual de 14,5% no País, podendo gerar uma receita próxima aos R$ 2 bilhões em 2011.

No mesmo período em que a terceirização começa a fazer parte do escopo das empresas brasileiras, começamos a perceber a carência de mão-de-obra qualificada e sentimos a concorrência indiana se espalhando pelo mundo. Nesse cenário as empresas brasileiras se adequam às necessidades e às demandas, criam soluções, estruturam suas áreas comerciais e as entregas, e passam a ser percebidas como um potencial concorrente do gigante asiático na América Latina.

Com a crise mundial, diversos setores, passam por desaceleração das vendas, desemprego em alta e falta de linhas de crédito sem uma saída num curto prazo. Todos estes fatores estão pressionando as empresas a cortar investimentos, produção e empregos.

As áreas de TI das empresas não estão imunes a esta situação e elas devem contribuir com sua parte. Se fossemos separar os investimentos de TI entre manter a operação funcionando e criar novas iniciativas e inovações chegaremos à conclusão que o investimento para manter o seu ativo de TI operando, apenas atendendo o dia-a-dia do negócio, representa entre 65% e 70% de todo o valor de investimento da empresa em TI.

Se observarmos o modelo de outsourcing, na maioria dos casos, ele atua exatamente sobre esta maior fatia de investimentos. Os modelos desse tipo de serviço como hosting, helpdesk, service desk suport, desktop support, sustentação e manutenção de aplicações estão maduros e se bem aplicados, trazem redução do custo de operação para a empresa, além de uma maior capacidade de crescer ou reduzir o atendimento de demandas e níveis de serviços.

Hoje, já observamos que as empresas estão se movimentando neste sentido, mesmo aquelas que eram muito resistentes a terceirizar serviços, gerando um número crescente de concorrências e contratos de outsourcing. Portanto esta crise pode estar sendo um catalisador deste movimento no Brasil, e quem não estiver preparado, tanto do lado do cliente quanto do provedor de serviços, poderá perder competitividade.

Dessa forma, a crise poderá exercer um papel fundamental para que o outsourcing brasileiro alcance, em 2011, a meta de R$ 2 bilhões e passar a ser um dos principais países na modalidade.

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