A elevada demanda de mercado por serviços de computação em nuvem deve abrir inúmeras oportunidades de negócios para as operadoras de telecomunicações, que podem passar a ter uma posição de relevância como fornecedoras de soluções de cloud computing para clientes corporativos e, com isso, garantir nova fonte de receita.
A avaliação é do diretor de soluções para comunicações da Oracle, Alceu Bravo. Para ele, este é com certeza um importante mercado para as teles, que podem se tornar novas operadoras de TI e concorrer com os atuais provedores de serviços. "É uma extensão natural dos negócios das teles, principalmente em razão de já terem as redes totalmente prontas e preparadas para fornecer esses serviços", disse o executivo, que participou nesta quarta-feira, 6, do Fórum Telecom e TI, evento promovido pelas revistas TI Inside e Teletime, e organizado pela Converge Comunicações.
Bravo salientou entre os motivos que posicionam as teles como importantes players no mercado de cloud o fato de já terem negócios com clientes corporativos interessados em computação em nuvem, além de expertise para fornecer infraestrutura, escala e amplo conhecimento do segmento.
"Elas podem trabalhar com parceiros e garantir o serviço fim a fim. Conseguem fazer isso, pois têm a cadeia inteira e grande experiência na integração entre a rede de telecomunicações e TI, fora os atributos de confiança, segurança, disponibilidade e estabilidade inerentes ao seu negócio", acrescentou o executivo.
Como principais desafios para as operadoras de telecomunicações atuarem no segmento de cloud computing, o diretor da Oracle cita a forte concorrência existente no setor, a necessidade de definição de mercados-alvo e a expansão do portfólio, além da questão imprescindível que é a realização de um amplo trabalho de autogestão e capacitação voltados para a venda de serviços de computação em nuvem.
Bravo frisou, por fim, que uma das possibilidades para as operadoras é apostarem neste início do mercado de cloud computing na oferta de software como serviço (SaaS). "Seria um caminho mais simples para iniciarem com a computação em nuvem. Elas poderiam montar uma biblioteca de aplicações de terceiros para vender como serviço", finaliza.
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