O mercado brasileiro de vídeo colaboração, formado pelos segmentos de telepresença e videoconferência, deve crescer 30% neste ano, movimentando em torno de US$ 29 milhões. No ano passado, a receita ficou em US$ 22,3 milhões. A projeção é que entre 2010 e 2017 o mercado registre crescimento anual composto de 22%.
Os dados foram apresentados por Rodrigo Lima, analista de TIC para a América Latina da empresa de consultoria e pesquisa Frost & Sullivan, nesta quarta-feira, 6, durante o Fórum de Telecom e TI, promovido pelas revistas TI Inside e Teletime e organizado pela Converge Comunicações. Segundo ele, o Brasil representa 34,5% do mercado de vídeo colaboração da Amérca Latina. O balanço computa apenas os investimentos para a compra de equipamentos voltados para as soluções, e não engloba os recursos aplicados em infraestrutura de rede.
Em toda a região latino-americana, o setor de vídeo colaboração deve movimentar US$ 87,8 milhões neste ano, cifra que representa uma expansão de 35,7% em relação a 2010, quando a receita totalizou US$ 64,7 milhões. Já para o período de 2010 a 2017, a previsão da consultoria é que o mercado tenha um crescimento anual composto de 21,8% na região, com a receita de US$ 257,4 milhões.
Lima aponta como os principais impulsionadores do mercado de vídeo colaboração da América Latina nos próximos anos o crescimento do interesse dos funcionários por essas soluções, o surgimento de ofertas voltadas a pequenas e médias empresas, a necessidade de redução de custos com viagens e maior agilidade na comunicação, a diminuição dos preços dos equipamentos de alta definição e a maior demanda por vídeo nas comunicações unificadas.
Entre as barreiras, ele cita a falta de soluções com melhor custo-benefício para PMEs, ausência de métricas de ROI (retorno sobre o investimento) confiáveis, infraestrutura deficitária de banda larga na região, o preço elevado das soluções e a falta de um modelo de negócio. "As empresas ainda estão avaliando se a venda será feita por equipamento, ou no modelo de serviço, com o pagamento pelo uso. As constantes mudanças nas linhas de produtos e estratégia dos fornecedores gera certa desconfiança das empresas em investir em vídeo colaboração", afirma o analista.
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