O modelo de software como serviço (SaaS, na sigla em inglês) é o que oferece mais vantagens para as empresas que precisam emitir notas fiscais eletrônicas (NF-e). A afirmação foi feita pelo gerente de projetos de certificação digital da Serasa, Paulo Cezar Gabech, durante palestra nesta quarta-feira, 6, no Software Innovation – 2009, seminário que acontece em São Paulo até esta quinta-feira, 7, para discutir e apresentar tecnologias, soluções e novos modelos de negócios para o segmento. O evento é promovido pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações.
Ao observar que até o fim de 2010 a NF-e, que faz parte do SPED (Sistema Público de Escrituração Fiscal) da Receita Federal, passará a ser obrigatória para todos os segmentos da economia, Gabech explicou que as empresas têm quatro opções para ficar adequadas a emissão das notas fiscais eletrônicas.
Uma delas seria o uso do software gratuito oferecido pelas Secretarias de Fazenda, que, embora tenham algumas limitações, no caso específico das pequenas empresas atendem perfeitamente às suas necessidades, segundo ele. A outra opção seria a empresa desenvolver o software internamente, o que, devido à curva de aprendizado maior, faz com que a solução demore a "amadurecer". Outra possibilidade seria a aquisição de uma licença comercial de software, mas com o inconveniente do custo elevado. Por fim, há a opção do SaaS, que, além da implantação mais rápida, devido ao fato de o software já estar instalado em um data center, não tem o chamado custo total de propriedade (TCO, na sigla em inglês) para manter o ambiente.
O SaaS, de acordo com Gabech, oferece uma flexibilidade maior e tira da empresa a preocupação e os gastos com a implantação. Mas, apesar dessas vantagens, ele pondera que a customização e a integração desses softwares às infraestruturas das empresas ainda são muito caras, além de a hospedagem terceirizada de dados ainda gerar insegurança. Para acabar com essa desconfiança, o executivo explica que, no caso da Serasa, a circulação de dados é feita por meio de mensagens criptografadas, e outros sistemas oferecidos pela própria empresa de informações de crédito podem ser integrados às plataformas.
A obrigatoriedade da impressão do Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), é vista por Gabech como uma forma de transição cultural. Ele acredita que serão necessárias ações integradas com as empresas, clientes e com as próprias Sefaz dos estados para que a adoção da NF-e seja mais popularizada. Segundo ele, quanto maior o consumo, menor o custo de implantação.
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