Estão abertas até o dia 13 de maio de 2019 as inscrições para o credenciamento de startups e demais desenvolvedores no projeto TechD, que visa promover um intercâmbio de informações e dar maior visibilidade às empresas do setor de Tecnologia da Informação (T.I.) do Brasil em âmbito internacional.
O projeto é resultado de uma parceria entre a Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e foi lançado em junho de 2018. Seu objetivo principal é aproximar empreendedores e pesquisadores, integrando universidades, startups e empresas do setor produtivo.
As inscrições para essa fase da TechD iniciaram no dia 4 de abril e as startups ou empresas de T. I. terão até o dia 13 de maio para cadastrarem-se dentro de uma das quatro vertentes temáticas que foram definidas por mais de 150 instituições credenciadas ao CATI (Comitê de Área de Tecnologia da Informação), que são: IoT (Internet of Things – Internet das Coisas); Saúde; Energia e Mobilidade. As que forem selecionadas serão orientadas a desenvolver projetos – ou personalizar, caso já possuam algum – com soluções tecnológicas voltadas para as empresas-âncoras cadastradas na etapa anterior.
Os projetos serão iniciados em 2 de setembro de 2019 e terão o prazo de 12 meses para serem desenvolvidos. "A Softex disponibilizará um aporte financeiro de até 500 mil reais para o desenvolvimento de cada projeto e, no total, serão investidos 5 milhões de reais em projetos. Mas, as empresas-âncoras também podem investir valores à parte, sendo que o total estimado de investimentos feito pela Softex e pelas empresas-âncora deve chegar a 18 milhões de reais", garante Ana Luiza Nogueira, Analista de Inovação da Softex.
A Softex está realizando um evento itinerante pelo Brasil para divulgar e explicar o programa. No Paraná, o evento aconteceu na última semana de abril, na Assespro – PR (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná), que é uma das parceiras do projeto. "Programas como esse são de extrema importância para fomentar a visibilidade das instituições brasileiras de T. I. ao redor do mundo", afirma Adriano Krzyuy, diretor-presidente da entidade.
O Programa TechD teve início em 2018 e foi dividido em três etapas de realização. Na primeira, foram selecionadas e cadastradas instituições credenciadas ao CATI, que, em geral, são universidades e centros de P&D, que podem dar o suporte de pesquisa no desenvolvimento de tecnologia, tanto para as startups quanto para as indústrias. No total foram selecionadas 22 instituições e dentre as paranaenses estão o Senai de Londrina e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu.
A segunda etapa realizou a seleção de 36 empresas-âncora, indústrias que demandam as soluções tecnológicas a serem desenvolvidas no programa. Dentre as empresas selecionadas no Paraná estão: Positivo, Furukawa, GTI, Associação Evangélica Beneficiente de Londrina, Caemmun e Sercomtel.
Na terceira e última etapa, que está com as inscrições abertas, serão selecionadas as startups e empresas de tecnologia que podem produzir essas soluções tecnológicas que as empresas-âncoras precisam e serão guiadas também pelas instituições selecionadas na primeira etapa.
Em relação à patente das soluções, Ana Luiza Nogueira explica que há um Termo de Cessão de Propriedade Intelectual que está dividido em três partes: Titularidade; Direitos Autorais; e Exploração Econômica. Sendo que as duas últimas serão de quem realmente desenvolveu a tecnologia – as startups, por exemplo –, e a Titularidade ficará com a Softex, como forma de resguardar o investimento realizado por ela. Além disso, há a possibilidade de que empresas do mundo inteiro tenham acesso a essa solução tecnológica, caso seja de interesse do desenvolver.
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