O declínio de 0,26% registrado na receita de serviços de TI no Brasil no ano passado só não foi maior devido ao desempenho positivo das áreas de integração de sistemas e consultoria. Já o avanço de 7,5% do mercado nacional de software foi puxado principalmente pelas divisões de software padrão e parametrizável, apontou pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes).
Segundo o relatório, dos US$ 9,64 bilhões movimentos com serviços de TI no Brasil em 2009, os relacionados a integração de sistemas totalizaram US$ 2,73 bilhões, alta de 1,1%, e os de consultoria tiveram avanço de 2,5%, para US$1,08 bilhão. O segmento de outsourcing também teve sua participação, apesar de pequena, para evitar uma queda mais drástica do mercado nacional de serviços de TI, ao atingir receita de US$ 3,29 bilhões, aumento de 0,3%. Na contramão, os serviços de suporte e implantação, e de educação e treinamento, movimentaram US$ 2,24 bilhões e US$ 271 milhões, quedas de 3% e 7%, respectivamente.
Quando analisado o mercado brasileiro de software, que gerou receita de US$ 5,45 bilhões em 2009, as divisões de software padrão (standard) que teve receita de US$ 834 milhões, alta de 14,8%, e de software parametrizável (produtos que requerem a contratação de serviços adicionais para sua implantação e parametrização), com crescimento de 15,5%, para US$ 3,69 bilhões, foram os principais responsáveis pelo avanço apurado no ano passado. Por outro lado, o software sob encomenda fechou 2009 com receita de US$ 962 milhões, retração de 19,3%.
O setor financeiro foi o principal comprador de software no Brasil, respondendo por 24,98% da receita total, seguido pela indústria (23,13%), segmento de serviços (12,44%), comércio (8,99%) e governo (7,12%).
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