Com a velocidade em que o mercado de TI corporativa avança, não é nenhuma novidade vermos tendências nascerem ao mesmo passo em que se tornam obsoletas para a indústria. Mas basta um olhar atento para identificar no futuro a consolidação do Data Center Definido por Software (ou Software Defined Data Center, SDDC, em inglês). Com um crescente número de novos adeptos e interessados, o conceito coloca o servidor no papel de protagonista dentro da cadeia de virtualização e acaba com o mito de que "qualquer hardware serve" e basta para não afetar as operações de um data center.
A ideia do SDDC está, em uma linha simples, um passo à frente da já estabelecida "Hiperconvergência". É a virtualização completa do datacenter, "encapsulando" todos os seus componentes, que serão processados dentro do servidor. Como benefícios, traz-se ainda mais agilidade e flexibilidade nas operações diárias, garantia de compatibilidade, integração completa e a possibilidade de investir menos em infraestrutura física – o que acarreta imediatamente em economia de espaço e energia, fundamentais para qualquer empresa, especialmente no desafiador cenário econômico atual.
Um estudo feito pela EMA mostra que, ao comprar equipamentos para um data center, preço e confiabilidade são prioritários para 58% dos tomadores de decisão e CIOs. Esse apontamento permite concluir que o investimento em um servidor robusto, resistente e seguro é o primeiro passo da jornada para o SDDC e essencial para tranquilizar os questionamentos mais importantes das companhias.
E o resultado disso? Com a resiliência de um servidor que garante a segurança do sistema, estima-se que a taxa de retorno chegue de 30% a 40% em cima dos investimentos. Afinal de contas, se todo o datacenter está virtualizado e concentrado em servidores, é crucial que eles próprios reduzam ao máximo qualquer risco de downtimes e brechas de segurança.
É evidente que toda mudança e ruptura de padrões leva tempo para ser aceita e adotada em sua totalidade. Com o Data Center Definido por Software não é diferente. Mas já é possível fazer algumas previsões do futuro desse mercado, como storages definidos por software começando a dominar o mercado de armazenamento tradicional e o aumento da complexidade dos sistemas.
Esse panorama reflete uma oportunidade clara também para os provedores de serviços, além dos departamentos de TI empresarial, ampliarem seus portfólios, reforçando parcerias estratégicas a fim de estarem preparados para oferecer soluções completas para as mais diferentes clientes e empresas. Quem vencerá essa corrida serão os preparados para customizar seus serviços, sem perder a qualidade de suas ofertas para os clientes.
Daniel Goldener, gerente de Marca de Servidores, Storages e Networking da Lenovo Brasil.