A Siemens pode colocar um fim à parceria de nove anos que mantém com a Fujitsu para a fabricação de PCs. De acordo com uma pessoa próxima à multinacional alemã, em declaração ao The Wall Street Journal, sob a condição de anonimato, a companhia já teria informado à empresa japonesa sobre a decisão de deixar ou acabar com a joint venture Fujitsu Siemens Computers.
Um porta-voz da Fujitsu em Tóquio confirmou nesta quarta-feira, 6, que as duas empresas estão em discussões sobre o futuro da empresa, mas adiantou que nada havia sido decidido. O acordo entre as duas companhias termina em 2009, portanto as conversações sobre a renovação ou não da parceria é natural. As duas empresas podem também desmantelar joint venture a ou apenas vendê-la. Conforme os termos do acordo, se uma das partes decidir deixar a parceria, a outra tem o direito de comprar suas ações. O valor de mercado da Fujitsu Siemens Computers está avaliado entre US$ 3,12 bilhões e US$ 4,65 bilhões.
A Fujitsu Siemens Computers foi formada em outubro de 1999, depois de fracassar a tentativa de união entre a Siemens e a Acer. De acordo com o jornal americano, a Siemens, que acaba de vender sua operação de celulares, estaria procurando um outro parceiro que lhe permitisse competir de forma mais eficaz nos mercados de hardware do Japão e dos Estados Unidos.
Desde que Peter Löscher assumiu como presidente e CEO da Siemens no ano passado, a multinacional alemã vem executando um rígido plano de corte custos, além de reorientando sua práticas de gestão para tentar recuperar credibilidade, que ficou seriamente abalada após a eclosão de diversos escândalos, por suposta prática de corrupção de antigos integrantes do conselho.
No dia 1º de agosto, a companhia vendeu 80,2% da sua divisão Siemens Home and Office Communication Devices para a Arques Industries AG. Ela também vem realizando uma profunda reestruturação que deve resultar no corte de 16.750 postos de trabalho em todo o mundo. Além disso, a multinacional deve transferir sua sede mundial para em Viena, capital da Áustria, em 2010.