O Brasil deve encerrar o ano com uma produção de 62 milhões de celulares, o que representará uma queda de 15% frente aos 73 milhões de unidades produzidas em 2008. Esse novo levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) representa uma revisão para cima da estimativa inicial e prevê produção de 10 milhões de aparelhos a mais do que a primeira projeção, que era de 52 milhões de unidades, dando indícios de que a indústria nacional de celular já vislumbra um cenário mais favorável nos próximos meses.
Antes da revisão, a previsão da Abinee era de que o número de celulares produzidos no Brasil neste ano seria 29% inferior ao total de 2008. Segundo a associação, dos 62 milhões de aparelhos previstos para serem produzidos neste ano, 68% ou 42 milhões serão destinados para atender a demanda do mercado interno e 20 milhões (32%) serão exportados, quedas de 13% e 20% na comparação anual, respectivamente.
Já o número de unidades importadas deve totalizar 5 milhões neste ano, recuo de 30% em relação aos 7,1 milhões importados pelo país em 2008. Segundo a Abinee, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), projeta que o Brasil feche o ano com cerca de 175 milhões de linhas de celular ativas, aumento de 16% frente a 2008, quando o país tinha 150,6 milhões.
"Apesar da crise, a partir de maio, a indústria passou a registrar um forte crescimento na demanda do mercado interno, o que nos levou a rever para cima o desempenho do segmento", afirmou Humberto Barbato, presidente da Abinee. Segundo ele, essa melhora no cenário ocorreu em função da retomada da confiança dos consumidores, que estão voltando a comprar.
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