A Fortinet anunciou nesta terça-feira, 6, os resultados de sua mais recente pesquisa sobre ameaças, revelando que o Brasil sofreu 15 bilhões de tentativas de ataque cibernético em apenas três meses, entre março e junho de 2019. O serviço de inteligência contra ameaças FortiGuard detectou a prevalência de ataques antigos como os usados no ransonware Wannacry em 2017 e aqueles que violaram seriamente os bancos no Chile e no México em 2018. A eficácia desse tipo de ataque indica a presença ainda existente de sistemas não corrigidos ou atualizados em empresas brasileiras e a necessidade crítica de maior investimento em tecnologias de segurança cibernética.
De acordo com Frederico Tostes, Country Manager da Fortinet no Brasil: "A segurança cibernética passou de um elemento complementar para uma necessidade crítica para todas as empresas em seu processo de transformação digital. A questão não é mais "o que fazemos se sofrermos um ataque cibernético?", mas seria "o que fazemos quando sofremos um ataque cibernético?". Atualmente, a segurança cibernética é uma questão global e o Brasil também ocupa um lugar importante no mundo como um alvo para os criminosos cibernéticos. Vemos ameaças que aumentam em um ritmo alarmante, tanto em quantidade quanto em sofisticação".
Os resultados da pesquisa FortiGuard mais proeminentes incluem:
- Antigas e conhecidas ameaças permanecem muito ativas no Brasil
* DoublePulsar, o troiano usado para distribuir malware em ataques reconhecidos como o ransomware Wannacry em 2017 e ataques a bancos no Chile e no México no ano passado, esteve entre os três mais detectados no Brasil no segundo trimestre de 2019.
- Grande número de tentativas de exploit de aplicativos para negação de serviços
*Cerca de 73% das tentativas de intrusão em redes detectadas no Brasil exploraram uma vulnerabilidade que permite ativar um comando para gerar ataques por negação de serviços em servidores NTP (Network Time Protocol é um protocolo da Internet para sincronizar os relógios de sistemas de computadores através de roteamento de pacotes em redes).
- O malware que afeta o Windows e é usado para "criptomineração"
*Cerca de 33% do malware detectado no Brasil foi um "verme" com características de troiano que afeta computadores com o sistema operacional Windows. Pode ser considerado um ataque sério se você não tiver um antivírus atualizado.
Além disso, o malware CoinHive, usado para "criptomineração" de Bitcoin, foi o segundo mais detectado no Brasil durante o segundo trimestre do ano.
- Dispositivos de IoT continuam sob a ameaça do botnet Mirai
*Desde seu lançamento em 2016, o botnet Mirai, que ataca dispositivos IoT continua registrando uma explosão de variantes e atividades. Classificados em segundo lugar no Brasil, os criminosos cibernéticos continuam a usar o Mirai como uma oportunidade para assumir o controle desses dispositivos.
"A segurança cibernética é uma questão com a qual temos que lidar como prioridade. É necessário repensar a segurança de forma abrangente para estarmos melhor preparados para prevenir, detectar e responder automaticamente às ameaças", acrescentou Tostes. "Aumentar a conscientização sobre os riscos, promover o treinamento abrangente de jovens profissionais, ajudar na adaptação a novas regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados, e continuar a focar em assessorar o mercado com nossos especialistas e através de nossa rede local de parceiros de canais, é prioritário para a Fortinet no Brasil".