Embora não tenha poder decisório, um pequeno grupo de acionistas da Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, já começa a demonstrar ceticismo e descontentamento quanto aos rumos da companhia que, apesar dos bons resultados das vendas, não têm conseguido conter a longa tendência de queda de suas ações. O Jaguar Financial convocou uma reunião com o board da empresa durante a qual pretende expressar sua preocupação com o futuro da companhia.
O banco de investimentos canadense quer que a RIM considere diversas alternativas estratégicas, incluindo a possível venda da empresa ou da divisão de seu portfólio de patentes, de maneira a provocar uma valorização dos seus papéis. Além disso, deseja que a diretoria da companhia tire o poder dos copresidentes-executivos Mike Lazaridis e Jim Balsillie para que até cinco dos membros independentes da diretoria da RIM explorem opções sobre como maximizar o valor da empresa para acionistas.
O Jaguar Financial detém cerca de US$ 12 milhões em ativos da fabricante. Em entrevista ao The Wall Street Jounal, o executivo-chefe (CEO) do banco, Vic Alboini, afirmou que está em negociação com outros investidores para obter mais de 5% de participação acionária na companhia. A reação do banco de investimentos mostra a preocupação com os rumos da fabricante, que tem perdido participação nos Estados Unidos para o iPhone, da Apple, e celulares com sistema operacional Android, do Google. Os produtos da empresa não tem conseguido ser competitivos em relação aos smartphones dos rivais. O Jaguar cita a falta de inovação, recentes demissões de funcionários e uma ineficiência corporativa. “O status não é aceitável, a empresa não pode ficar parada. É a hora de uma mudança transformadora”, disse Alboini em comunicado.