O número de empresas que restringem o acesso dos funcionários à internet mais que triplicou no Reino Unido. Segundo pesquisa da Clearswift, a porcentagem de companhias que bloqueiam o acesso a redes sociais em sua rede saltou de 9%, no ano passado, para 29% neste ano. O levantamento ressalta que a proibição pode causar tensões, principalmente entre os chefes e funcionários jovens. A razão disso é que 55% dos trabalhadores consultados, com idade entre 18 e 24 anos, veem o acesso a redes sociais como um direito. Entre os funcionários com idade mais avançada, de 45 a 54 anos, a porcentagem cai para 37%. Entre os chefes, 48% identificaram o uso da web 2.0 como motivo de preocupação da alta direção das empresas.
Ainda de acordo com a pesquisa, invasões de hackers, como o recente incidente com a Sony, no qual dados pessoais de milhares de usuários do Playstation foram roubados, é a principal preocupação dos executivos. Segundo o estudo, a perda de dados e a cautela com a segurança tem protelado a adoção das tecnologias de web 2.0 em 87% das empresas consultadas.
A Clearswift também entrevistou empresas nos Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Holanda e Japão. Ao todo, foram ouvidos 1.529 empregados e 906 altos executivos nesses países. O resultado é que, na Alemanha e na Austrália, por exemplo, o índice foi ainda maior. As empresas que bloqueiam as redes sociais aumentaram para 32% e 33%, respectivamente.