Déficit comercial do setor eletroeletrônico cresce, mesmo com queda nas importações

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O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos no acumulado de janeiro a julho atingiu US$ 18,96 bilhões, um aumento de 1,5% em relação ao registrado nos primeiros sete meses do ano passado, quando totalizou US$ 18,68 bilhões. O resultado é fruto do aumento das importações no período, que atingiram US$ 23,4 bilhões, 1,2% acima das ocorridas um ano antes. As exportações totalizaram US$ 4,4 bilhões, mantendo-se praticamente estáveis na comparação com igual período do ano passado (-0,3%), de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira, 6, pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

No mês de julho, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 655,1 milhões, 1,8% inferior às registradas em julho do ano passado (US$ 667,2 milhões). As vendas de bens de telecomunicações (-44,4%) foram as que apresentaram a maior retração, devido, principalmente, à queda nas exportações de telefones celulares, cujo montante caiu pela metade na comparação com julho do ano anterior, totalizando US$ 20 milhões.

Os únicos setores que registram aumento das exportações foram os de GTD – geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (+17,6%), informática (+12,2%) e componentes elétricos e eletrônicos (+6,8%). No caso de informática, o maior destaque foi das caixas registradoras, que passaram de US$ 292 mil, em julho de 2011, para US$ 5,8 milhões neste ano, o que significa um aumento de quase 2.000%.

Em relação ao mês imediatamente anterior, as exportações aumentaram 1,1%, com movimentos opostos verificados nas diversas áreas do setor. As maiores taxas de retração foram de telecomunicações (-36,2%) e utilidades domésticas (-34,1%). Em relação aos produtos de telecomunicações, o principal recuo foi das exportações de telefones celulares (-49%), que passaram de US$ 315 milhões para US$ 160 milhões, no período citado.

Queda sem efeito

No mês de julho, as importações de produtos da indústria elétrica e eletrônica ficaram 4,9% abaixo das ocorridas em julho do ano anterior, atingindo US$ 3,46 bilhões. Este, segundo a Abinee, foi o quarto mês deste ano que as importações mensais ficaram abaixo das registradas em iguais períodos do ano passado.

Das oito áreas do setor analisadas, cinco recuaram e três cresceram. Os bens de telecomunicações (-25,9%) foram os que registraram a maior taxa de retração. Dentre seus produtos, observou-se queda de 78% nas importações de telefones celulares, que passaram de US$ 113 milhões, em julho de 2011, para US$ 25 milhões neste ano. Em seguida vieram as reduções nas importações de bens de informática (-16,9%), GTD (-13,7%), automação industrial (-12,4%) e material elétrico de instalação (-5,9%).

No acumulado de janeiro a julho, as importações do setor somaram US$ 23,4 bilhões, 1,2% acima das ocorridas em igual período de 2011. As maiores taxas de retração no período foram de bens de GTD (-19,7%) e de telecomunicações (-15,7%). Já as maiores taxas de crescimento foram das importações de bens de automação industrial (+6,1%) e componentes elétricos e eletrônicos (+4,7%). Neste último caso, o aumento se deveu aos componentes para informática (+19%) e componentes para equipamentos industriais (+29%).

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