Em uma nova tentativa de abrir caminho no mercado de dispositivos móveis com processadores de baixo consumo de energia, hoje dominado pela empresa britânica ARM, a Intel está concentrando esforços para reduzir em 41% o consumo de energia dos seus chips. Na próxima semana, a fabricante irá revelar detalhes do roadmap de tecnologia para o ano que vem. Os componentes também devem viabilizar os ultrabooks, nova categoria de computadores pessoais que tem características de um híbrido de notebook, tablet e netbook.
Segundo o The Wall Street Journal, os processadores da Intel equipam mais de 80% dos computadores pessoais no mundo, mas vem encontrando dificuldade para ampliar o uso de seus chips em smartphones e tablets. Em sua grande maioria, esses produtos são equipados com chips da ARM, em grande parte devido a seu baixo consumo energético.
Segundo a empresa, os novos componentes devem ser de 10 watts, contra os de 17 watts em chips disponíveis hoje em dia. “Basicamente, significa que poderemos tornar os dispositivos ainda mais leves com uma duração da bateria mais alta”, disse o gerente geral da divisão de clientes de PCs da Intel, Kirk Skaugen.
Os ultrabooks não têm alcançado até agora no mercado um bom resultado de vendas, por causa principalmente dos preços elevados na comparação com os PCs portáteis. Mesmo assim, Skaugen diz que o número de desenvolvimento desses equipamentos excede as expectativas da Intel. Ele projeta uma aceleração ainda maior quando a Microsoft lançar o Windows 8, previsto para outubro.
A respeito dos preços, o executivo garantiu que eles irão diminuir. Ultrabooks com telas sensíveis ao toque, contudo, devem ficar numa faixa mais elevada para os consumidores, estimada em US$ 100 a mais, prevê Skaugen.