A CAIXA adquiriu o IBM Z14, mainframe capaz de criptografar 100% dos dados. O equipamento da IBM permitiu ao banco não só reformular sua infraestrutura e bater recordes de transações processadas, como também que ele se mantenha disponível para ser preparado para as novas leis de proteção de dados, incluindo a legislação europeia. Quando se fala em transformação digital no setor financeiro, é preciso se preocupar tanto com a digitalização de processos quanto com a segurança da operação.
A própria equipe de TI da CAIXA foi quem percebeu que era preciso ampliar sua capacidade computacional para atender à demanda de um público crescente e apoiar o banco em um cenário cada vez maior de adoção digital. O pagamento das cerca de 40 milhões de contas inativas do FGTS, no início de 2017, foi um dos gatilhos para essa transição, colocando o antigo datacenter do banco próximo de sua capacidade máxima de processamento e deixando clara a necessidade por essa atualização.
"Primeiramente, os serviços bancários estavam apenas nas agências. Depois, em canais alternativos, como máquinas de autoatendimento e lotéricas. Agora, eles ganharam mais velocidade e praticidade dentro do ambiente móvel, gerando números cada vez maiores de acesso aos servidores da CAIXA", analisa Sergio Martins, gerente nacional de serviços de TI da CAIXA.
O executivo ainda ressalta que solicitações corriqueiras e não financeiras, como consultas de saldo na tela do celular, passaram a ser feitas múltiplas vezes ao dia, intensificando ainda mais o quadro.
Além de oferecer as ferramentas certas para que seja possível acompanhar esse novo comportamento do consumidor, a aquisição de seis máquinas IBM Z14 deve ajudar a instituição a lidar com o volume gigantesco de boletos processados diariamente por ela – cerca de 80% de todos os documentos do tipo pagos em todo o Brasil – e garantir a estabilidade e o funcionamento do recém-anunciado sistema de Loteria Online, já que ambos passaram a exigir mais da infraestrutura de tecnologia da CAIXA. O investimento estratégico também deve viabilizar expansões e projetos futuros do banco.
"Com uma forte missão social, a CAIXA trabalha continuamente para prover uma série de serviços essenciais à população, crescendo juntamente do acesso digital e da economia do país, e oferecendo uma melhor experiência ao cidadão. A tendência é que a manutenção de serviços tradicionais e a implementação de novos serviços leve a uma demanda cada vez maior de seu parque tecnológico. Estamos muito felizes de a IBM ter sido escolhida como parceira nessa jornada e de podermos ajudar a CAIXA a se preparar para esse novo cenário de responsabilidade social", comenta Joaquim Campos, vice-presidente de Systems da IBM Brasil.
Os resultados prévios com o novo equipamento já são bastante expressivos. No início de setembro, durante uma das datas de maior movimento do período, a nova infraestrutura conseguiu bater a marca histórica de transações processadas em um único dia pela instituição financeira: 2,8 bilhões operações realizadas dentro dos diversos sistemas e canais de atendimento da CAIXA. Outro recorde foram as quase 23 milhões transações registradas apenas no Internet Banking da CAIXA – somando acessos mobile e desktop.
Os mainframes IBM Z14 foram instalados nos dois datacenters da CAIXA em Brasília, durante os meses de agosto e setembro, e devem ampliar a capacidade dos polos de operação do banco em São Paulo, no Rio de Janeiro e na própria capital brasileira. "A IBM deu todo apoio a nossa equipe para que fosse possível fazer todo o planejamento da troca de máquinas. Trata-se de um movimento complexo, trabalhoso e bastante minucioso. Felizmente, tudo foi feito dentro do cronograma e com zero impacto para os negócios e os clientes da CAIXA", explica Martins, reforçando a sintonia entre os times de ambas as empresas.
GDPR
Vale notar que muitas das novas capacidades do IBM Z14 foram desenvolvidas para atender a epidemia global de violações de dados gerada pelo cibercrime, que afetará cerca de 8 trilhões de dólares da economia global até 2022. Dos mais de 9 bilhões de registros de dados perdidos ou roubados desde 2013 em todo o mundo, apenas 4% foram criptografados, tornando a grande maioria dessas informações vulneráveis aos invasores.
Ao utilizar um sistema capaz de criptografar 100% dos dados, a CAIXA terá a opção de oferecer uma segurança sem precedentes aos seus mais de 80 milhões de clientes – dentro e fora do Brasil. A ferramenta pode ser essencial para garantir que o banco esteja devidamente adequado às regras da lei europeia de proteção de dados, conhecida como GDPR (General Data Protection Regulation).