Da metade do século XX em diante, os seres humanos desenvolveram mais tecnologias do que em todas as décadas anteriores. As soluções que foram criadas nesse período mudaram o rumo da história e consolidaram a sociedade que conhecemos hoje. O que acabou privando a humanidade de avançar ainda mais foi a falta de se colocar em prática um conceito natural, mas pouco valorizado na época: a diversidade.
Falar de diversidade é trabalhar com o conceito de pluralidade. Pluralidade de experiências, ideias, origem, faixas econômicas, idades, funções, dentre outras coisas, e entender que diversidade vai muito além de gênero e raça.
A necessidade de sobreviver e expandir em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, direciona as empresas a adotarem estratégias favoráveis à inovação, para se adaptarem às mudanças do mercado e prosperarem. O problema é que as empresas não estão sendo tão inovadoras quanto podem ser.
De forma similar, um time que conta com pessoas plurais tem potencial para ir bem mais além do que uma equipe homogênea, onde todos são iguais e pensam de forma similar. A pluralidade nos permite enxergar o mundo além da bolha em que vivemos, a atrair contribuições diversas, a somar aspectos particulares na construção de algo mais abrangente, e isso é um grande diferencial na hora de desenvolvermos projetos inovadores.
Acontece que além de formar uma equipe plural, as lideranças precisam garantir que o ambiente de trabalho seja propício para que a inovação floresça.
O papel do líder dentro de uma empresa diversa
As empresas são organismos vivos formados por diversos colaboradores. Eles podem até trabalhar pela organização, mas será que eles se sentem parte dela? A sensação de pertencimento é um fator fundamental para cultivar as pessoas e fazer com que elas trabalhem para um objetivo comum, e não apenas para si próprias.
Esse espírito de união só pode ser construído se as lideranças transmitirem essa cultura para a equipe. Não adianta montar um time com pessoas diversas se elas não interagem e não têm liberdade para expressarem suas opiniões. Dentro deste contexto, o papel do líder é apoiar a diversidade dentro de sua organização, reconhecendo a pluralidade como um ativo fundamental, e criando um ambiente de trabalho saudável e acolhedor.
Outros requisitos que não podem faltar durante a estruturação de uma cultura inovadora são estimular a busca pela excelência, dar autonomia e liberdade criativa para as equipes, além de desenvolver o exercício da paciência com o ciclo de tentativas e erros, que fazem parte de todo processo de aprendizado.
Empatia e respeito são a chave para a construção de um ambiente saudável e plural, e as lideranças que perceberam isso já estão um passo à frente da concorrência. Em uma organização inovadora, o líder é aquele que incentiva e escuta os feedbacks de sua equipe. É preciso conhecer as dores e os pontos fortes de quem trabalha com você para entender qual o melhor caminho a seguir. Quando o time conta com profissionais plurais, abastecidos com informações sobre a empresa e o mercado, a visão de mundo é ampliada e as soluções desenvolvidas passam a englobar não só a empresa, mas a realidade de cada um.
Para que os negócios prosperem, é necessário que as organizações tenham um senso de coletividade, uma comunicação sólida e utilizem da pluralidade dos seus colaboradores para superar seus desafios e apostar em projetos inovadores. A diversidade das equipes é o caminho para a sobrevivência das empresas no mercado e quem não estiver preparado para abraçar a inovação e a pluralidade será deixado para trás.
Leandro Torres, CEO da BePRO Institute e Smart Coding Lab.