Uma pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.196 operações de fusões e aquisições nos nove meses deste ano envolvendo 43 setores da economia. Trata-se de um aumento de 5% se comparado ao mesmo intervalo de 2023, quando foram finalizadas 1.142 transações. Os setores que mais se destacaram foram tecnologia da informação com 355, empresas de internet com 199 e instituições financeiras com 68 negócios concretizados.
"O mercado de fusões e aquisições apresentou um crescimento no número de transações em relação aos nove meses anteriores. Companhias de tecnologia da informação continuaram como o principal setor em número de operações, fortemente impulsionado por fundos de capital de risco e private equity, que corresponderam a mais de 65% das transações do setor", analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
Além de tecnologia da informação com 355, empresas de internet com 199 e instituições financeiras com 68 operações concretizadas, a lista formada pelos setores que mais se de destacaram, nos nove meses deste ano, ainda contempla as seguintes áreas: companhias de energia com 51; serviços para empresas, 41; imobiliário, 39; alimentos, bebidas e fumo, 37; telecomunicações e mídia, 29; educação, 24; e produtos químicos e farmacêuticos, 23.
Já com relação à localidade brasileira onde as empresas participantes nas transações estão localizadas, foram 24 estados envolvidos. Os três que mais tiveram destaques foram São Paulo com 609 organizações (55,6% do total), Rio de Janeiro com 108 (9,9%) e Minas Gerais com 77 (7%).
Transações domésticas são a maioria:
Das 1.196 operações de fusões e aquisições concretizadas de janeiro a setembro deste ano, a maioria delas (766) foi do tipo doméstica, ou seja, foi realizada entre empresas brasileiras. As outras envolveram investidores estrangeiros: 283 foram feitas por estrangeiros comprando empresa estabelecida no Brasil; 68 brasileiros adquirindo de estrangeiros estabelecida no exterior; 23 brasileiros comprando de estrangeiros estabelecida no Brasil; 46 estrangeiros adquirindo, de estrangeiros estabelecida no Brasil; e 10 estrangeiro adquirindo, de brasileiros, estabelecida no exterior.
"A partir do segundo trimestre deste ano, observamos uma recuperação no volume de transações. Apesar das incertezas das eleições americanas e das tensões geopolíticas, espera-se uma redução gradual da taxa de juros nos Estados Unidos, incentivando investimentos internacionais no Brasil. Assim, a combinação dos cenários macroeconômicos local e global sugere um ambiente de estabilidade no mercado brasileiro de fusões nos próximos meses", finaliza.