A indústria de computadores deverá encerrar o ano com 10,1 milhões de unidades vendidas, um crescimento de 23% na comparação com 2006, quando foram vendidos 8,2 milhões de PCs, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (6/12) pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Desse total, 8 milhões corresponderam a desktops ? elevação de 6% sobre 2006% ? e 2,1 milhões de notebooks, que registraram alta de 211%. O faturamento da indústria, deve totalizar R$ 31,6 bilhões, cifra 8% maior que os US$ 29,4 bilhões registrados em 2006.
A alta foi puxada principalmente por um aumento nas vendas de notebooks, que mais que triplicaram, saltando de 675 mil unidades, em 2006, para 2,1 milhões de unidades neste ano. Embora com volume maior de vendas, o número de desktops comercializados teve uma pequena alta, subindo de aproximadamente 7,5 milhões de unidades em 2006 para 8 milhões neste ano.
Do total de equipamentos, a entidade diz que 6,4 milhões foram produzidos por empresas formais, com crescimento de 50% em relação ao ano anterior. Com isso, a participação da indústria legal de PCs atingiu 63%, nível superior ao observado em 2006, de 52%. O aumento da produção formal de equipamentos no país é atribuído pela Abinee a continuidade dos programas do governo federal para a popularização da informática, as condições especiais de financiamento e as ações de combate ao contrabando e ao mercado cinza.
O desempenho, no entanto, não foi tão expressivo quanto o registrado nos dois últimos anos, quando o governo realizou a desoneração tributária do setor, segundo o diretor da área de informática da Abinee, Hugo Valério. ?A grande notícia do ano fica por conta mesmo da redução do contrabando.? De acordo com ele, as vendas de desktops no próximo ano devem se manter estáveis, enquanto os notebooks devem alcançar 3,8 milhões de unidades comercializadas, elevando o total de vendas de PCs para 11,8 milhões de unidades.
