O volume de malwares, softwares que danificam computadores, servidores ou redes, passou de 250 mil para meio milhão em apenas 12 meses. No período de um ano, os criminosos da rede criaram uma quantidade de pragas equivalente a dos últimos 20 anos, segundo levantamento feito por pesquisadores dos laboratórios da F-Secure, fabricante finlandesa de software de segurança.
O chefe da equipe de pesquisadores da F-Secure, Mikko Hypponen, revela que nunca tinha visto tantas amostras chegarem ao laboratório. "Nós não conseguiríamos lidar com tantas ameaças se não tivéssemos construído um alto nível de automação em nosso sistema de análises de malwares nos últimos anos", completa.
O cenário observado pela fabricante é que enquanto novas tecnologias de programas maliciosos não aparecem, as já existentes estão sendo refinadas e adaptadas para que tenham mais eficiência como no caso da engenharia social que permanece como método- chave para a propagação de malwares. Um exemplo foi o Storm Worm botnet no primeiro semestre do ano que teve melhor desempenho recentemente.
Como já era previsto, as transações financeiras permanecem como objetivo favorito dos crimes na internet, segundo o levantamento. A quantidade de sites com phishing continua a aumentar. No entanto, como os clientes de bancos estão mais atentos a isso, os criminosos começaram a usar técnicas mais sofisticadas como é o caso dos cavalos-de-Tróia bancários que usam métodos para se infiltrarem direto na página principal do banco e assim roubar senhas.
Outras ameaças que se destacaram durante o ano, segundo os pesquisadores dos laboratórios da F-Secure, foram aquelas direcionadas a produtos da Apple incluindo computadores, iTunes e iPhone. Quanto a contaminação de smartphones, o problema está mais controlado, apesar de ainda apresentar riscos principalmente em telefones desbloqueados.
Para 2008, a F-Secure acredita que esse volume de malwares deve aumentar ainda mais, já que os criminosos estão desenvolvendo uma rede associando tanto ferramentas quanto habilidades, capacidades e recursos mais eficientes.