Peticionamento eletrônico será ampliado para todos os tipos de processos

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A partir de 1º de fevereiro, a petição eletrônica (e.pet) passará a fazer parte de toda rotina do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Inicialmente, o seu uso limitou-se à prática de atos processuais de competência originária do presidente do tribunal, nos habeas-corpus e nos recursos em habeas-corpus, como medida de experiência. Mas, a partir dessa data, o serviço de peticionamento eletrônico com certificação digital será ampliado, estendendo-se a todos os tipos de processos, o que, segundo o STJ, facilitará acesso à corte superior.

Conforme salientou o presidente do STJ, ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, a deliberação de estender a aplicação da e.pet ?a todos os feitos de competência do STJ é conseqüência da acentuada demanda havida e da imperiosa necessidade de, em futuro breve, implantar-se a total informatização do processo judicial, na forma do que preconiza a Lei nº 11.419, de 19.12.2006?.

Com a petição eletrônica, os advogados podem transmitir peças e documentos de casa ou escritório, desde que possuam certificação digital, sejam cadastrados no portal do STJ e tenham os programas necessários instalados em seu computador. Além disso, toda a tramitação pode ser acompanhada on-line pelo usuário.

A certificação digital pode ser adquirida por qualquer cidadão, empresa ou entidade, diretamente de uma das autoridades certificadoras (Acs) que integram a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), responsável pelo reconhecimento e validade jurídica da certificação digital. Não será possível utilizar o serviço sem a aquisição do certificado digital, cujo objetivo fundamental é garantir a segurança da operação realizada via internet, de modo a identificar a autoria e a origem dos documentos envidados eletronicamente, assim como assegurar a integralidade de seu conteúdo.

De posse do certificado, o usuário deve registrar-se no portal do STJ e instalar, em seu computador, os softwares e hardwares que vão gerar as petições e acessar o serviço posto à disposição. Também há um programa de conversão de documentos para o formato PDF, já que o sistema só aceita documentos gerados nesse formato.

O procedimento é facultativo, mas o seu emprego, segundo Monteiro Filho, certamente vai agilizar a prestação jurisdicional e facilitar o acesso ao STJ. Após o envio, é gerado um aviso de recebimento que pode ser impresso pelo interessado, contendo o nome das partes e do advogado, a identificação dos arquivos encaminhados e a data e hora da transmissão, que são comprovadas por contador do tempo do Observatório Nacional, entidade responsável pela hora legal brasileira.

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