Governo português e teles assinam para implantação redes de próxima geração

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O governo português, a Portugal Telecom, a Sonaecom, a Zon Multimédia e a Oni assinaram nesta quarta-feira, 7, o acordo para o investimento em redes de próxima geração (NGNs). A única que ficou fora do acordo foi a Vodafone, porque, segundo afirmou o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, considerou que não teve tempo para avaliar o dossiê dessas redes de fibra ótica que permitirem velocidades de 100 megabytes por segundo (Mbps)
Conforme os termos do acordo, o governo português assume vários compromissos com as operadoras de telecomunicações para que possam realizar o investimento nas novas redes, que neste ano deverá ser superior a 1 bilhão de euros. O primeiro deles será adotar as medidas legislativas necessárias para a remoção de barreiras ao investimento nesse tipo de rede, garantindo paralelamente o acesso de todas as operadoras de dutos de redes, postes e outras infra-estruturas disponíveis.
O governo se compromete ainda a apoiar o investimento das empresas através de benefícios fiscais para a implantação das redes nas regiões do interior, assim como a coordenação de fundos comunitários para a criação de uma linha de crédito no valor de 800 milhões de euros para as operadoras investirem nesse projeto, concedida pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).
Por sua vez, as operadoras de telecomunicações signatárias do acordo se comprometeram a antecipar para este ano a liberação de recursos que permitam a ligação de uma rede de fibra óptica a 1,5 milhão de usuários, colaborando com o governo e com a Autoridade Nacional das Comunicações na identificação das atuais barreiras ao investimento em NGNs e divulgando as vantagens da Internet em banda larga em alta velocidade.
Durante a assinatura do acordo, o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, salientou que o lançamento das redes de próxima geração constitui uma medida contra a atual crise econômica mundial, gerando emprego e riqueza numa época em que as principais economias estão em recessão. "Não tenho memória de um mundo em que a América, a Rússia, a Europa e o Japão estivessem em recessão ao mesmo tempo", afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que esta crise "exige que se tomem medidas".
Para as operadoras de telecomunicações, as NGNs são consideradas prioritárias, devido ao seu potencial impacto revolucionário no mercado das telecomunicações. Os analistas do setor calculam que será necessário um investimento de entre 2,5 bilhões e 3 bilhões de euros, nos próximos anos, para implementar uma NGN que cubra todo o território português. Com informações da Agência Lusa.

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