A Nortel anunciou nesta quarta-feira (7/2) que vai cortar mais 2,9 mil empregos durante os próximos dois anos, o equivalente a 8,5% de sua força de trabalho, e transferir outros mil funcionários para regiões de custos mais baixo, como China, Índia e México. Atualmente com cerca de 34 mil funcionários, a companhia informou que irá reduzir também o número de imóveis que mantém ao redor do mundo.
Além disso, a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações da América do Norte adiantou ainda que vai realizar um significativa redução nas despesas gerais e administrativas, além de simplificar as operações, reduzir sistemas e aperfeiçoar os processos. Do mesmo modo, a empresa também vai reduzir os gastos com pesquisa e desenvolvimento para uma taxa competitiva com a indústria de 15% da receita total, ante os 17% atuais.
"As reduções acontecerão principalmente em áreas de produtos mais antigos, que são os que estão em estágios maduros de nosso portfólio", disse em comunicado Mike Zafirovski, presidente e CEO da Nortel, no qual salienta que as ações são duras, mas necessárias.
Durante conferência com analistas, o executivo disse que a maior parte dos cortes de postos de trabalho acontecerão em áreas administrativas, em um momento em que a Nortel tenta reduzir essas despesas de 11% para entre 5% e 6% do faturamento. Ele informou, porém, que a companhia tentará reenquadrar os funcionários afetados em outras áreas.
Zafirovski avalia que, após concluído o que ele chamou de plano de transformação de negócios, a Nortel deve economizar aproximadamente US$ 400 milhões anuais, com metade da redução já realizado neste ano. Deste total, cerca de US$ 300 milhões se relacionam aos cortes de funcionários e cerca de US$ 90 milhões as ações administrativas e venda de propriedades.