Mercado mundial de big data deve crescer 40% em cinco anos, aponta estudo

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O mercado mundial de tecnologia e serviços de big data totalizará US$ 16,9 bilhões em 2015, ante os US$ 3,2 bilhões registrados em 2010, de acordo com relatório publicado pela IDC, nesta quarta-feira, 7. A cifra, segundo a consultoria, representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 40%, cerca de sete vezes a taxa de crescimento estimada para o mesmo período para o setor de tecnologia da informação e comunicações (TICs) em geral.

O termo big data segundo a IDC, se aplica a enormes bancos de dados, cujo tamanho é superior à capacidade de software comuns de captar e processar informação, tais como de redes sociais, mecanismos de indexação de informação na internet, e-commerce e arquivos de vídeo, entre outros. O relatório, de 30 páginas, define projetos big data como aqueles que envolvem, tipicamente, dois ou mais formatos de dados. Além disso, abrangem a coleta de mais de 100 terabytes de dados, de alta velocidade, streaming de dados em tempo real, ou projetos que podem começar com conjuntos de dados menores, mas que crescem 60% ou mais ao ano.

O estudo aponta que o crescimento do mercado de tecnologia de big data, por segmentos individuais, será de 27,3% para os servidores, 34,2% para software e 61,4%, para sistemas de armazenamento.

De acordo com a IDC, com a expansão da oferta de appliances (dispositivos que integram hardware e software), serviços de computação em nuvem e de terceirização para big data, ao longo do tempo, os usuários finais irão prestar atenção cada vez menos para as capacidades da tecnologia e se concentrar nos argumentos de valor do negócio. O desempenho do sistema, disponibilidade, segurança, gerenciabilidade e tudo mais que importa para o negócio, devem reduzir a margem de diferenciação entre os fornecedores.

O relatório da IDC lista algumas aplicações de big data para alguns setores da indústria e de governo que já estão em evidência e que tendem a aumentar. Elas incluem aplicações de controle ajuste de preços no varejo, da loja até o nível do cliente, otimizando o tempo e as rotas para as remessas de produtos; de previsão de surtos de criminalidade para as forças policiais locais e de danos causados por tempestades para as companhias de seguros.

A previsão da IDC é que haverá uma proliferação e diversidade de aplicações para big data. "Estamos apenas arranhando a superfície em termos de casos de uso", disse Benjamin Woo, analista da IDC, que coordenou o estudo. "Mas muitas delas serão mashups, informações de diversas fontes de dados para entregar mais inteligência aos usuários."

Woo cita como exemplo o aplicativo chamado PadMapper, que pode ser usado por quem está procurando um novo apartamento. Ele dispõe de uma aplicação para uma série de serviços de dados que podem ser sobrepostos em um mapa de determinado bairro no Google Maps. O usuário especifica suas preferências, como valor do aluguel que está disposto a pagar e o número de quartos e banheiros que deseja. O aplicativo vasculha as listagens das imobiliárias e mostra a localização dos imóveis que correspondem aos critérios do usuário. Há, ainda, outros conjuntos de dados que podem ser sobrepostos no mapa como estatísticas de criminalidade do local.

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