Corte dos EUA nega recurso e Apple terá de pagar US$ 450 mi para usuários de e-books

0

A Corte de Apelações do Segundo Distrito de Manhattan, em Nova York, confirmou nesta segunda-feira, 7, a sentença de primeira instância de 2013 que considerou a Apple culpada de conspirar com várias editoras para elevar os preços dos livros eletrônicos (e-books), violando as leis antimonopólio dos Estados Unidos.

Em 2012, o Departamento de Justiça dos EUA e cerca de 30 estados processaram a Apple, alegando que a fabricante orquestrou uma conspiração com cinco das seis maiores editoras do país para fixar preços e-books quando lançou o iPad em 2010. Em 2013, um juiz federal de Nova York considerou a Apple responsável pela fixação de preços, dizendo que a empresa desempenhou um papel central na conspiração com as editoras para aumentar os preços e-books.

No ano passado, a Corte de Apelações em Nova York, por dois votos a favor e um contra, confirmou a sentença de primeira instância, mas a Apple recorreu. Com os recursos agora esgotados, a Apple deve pagar US$ 450 milhões, sendo que a maior parte desse montante será destinada aos consumidores de e-books, como parte de um acordo entre demandantes e os estados que processaram a empresa.

A Apple queria que as editoras participassem de sua loja de e-books, mas não queria que fossem desvalorizados pela concorrência da Amazon.com, que dominava o mercado de e-books e vendia muitos best sellers e novos lançamentos a preços acessíveis para atrair negócios. Desse modo, a fabricante do iPad firmou acordos com as editoras que passaram a ter mais controle sobre a definição dos preços de e-books. O acerto deu condições para que as editoras forçassem a Amazon a aumentar os preços de seus e-books.

Segundo o Departamento de Justiça, ao longo do primeiro ano de operação da loja de livros Apple, os preços de e-books aumentaram 24%, para novos lançamentos, e 40% para os mais vendidos (best sellers).

A decisão representa uma nova vitória para a Amazon, que dominava o mercado com seus livros eletrônicos de US$ 9,99 e viu o preço de alguns e-livros subir para US$ 14,99 com a entrada da Apple no setor.

As cinco editoras processadas pelo Departamento de Justiça e os estados — a HarperCollins Publishers da News Corp., Simon & Schuster da CBS, Hachette Book Group da Lagardère SCA, Macmillan Publishers, unidade da Verlagsgruppe Georg von Holtzbrinck GmbH, e a Penguin Group da Pearson — já haviam concordado em pagar cerca de US$ 170 milhões para os consumidores de e-books. Com informações de agências de notícias e imprensa internacional.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.