Acesso à web na AL é 30 vezes maior entre os ricos, diz Cepal

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O acesso à internet nos domicílios do segmento mais rico da população é 30 vezes maior do que entre a parcela mais pobre em 11 dos 14 países da América Latina, de acordo dados do Sistema de Informação sobre TIC.
Entre os países analisados, o sistema identificou ainda que o acesso ao computador em domicílios de área urbana supera em nove vezes, em média, o acesso a computador em domicílios rurais.
Entre os países da América Latina, o Brasil é o que tem a maior desigualdade. Enquanto 52,2% da população de mais alta renda utilizam internet, esse índice é de apenas 1,7% entre as pessoas de classes baixas.
O Sistema de Informação sobre TIC, lançado nesta terça-feira, 7, no Rio de Janeiro, foi criado pelo Observatorio para a Sociedade da Informação na América Latina e Caribe (Osilac) da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) das Nações Unidas. Trata-se de um sistema on-line que permite processar dados sobre o acesso e uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na região.
O sistema possibilita a comparação de indicadores sobre as TIC provenientes de pesquisas domiciliares dos últimos dez anos, de 17 países da região, e permite também constatar diferenças no acesso e utilização das TICs, segundo fatores socioeconômicos.
Ao quantificar a exclusão digital e sua evolução, o sistema permite identificar possíveis focos de políticas públicas orientadas a atender à população e os países com as maiores desvantagens relativas a adoção e uso produtivo das TICs.
Estão disponíveis no sistema 47 variáveis sobre TIC como: acesso a computador em casa, frequência de uso da internet, uso da internet para operações bancárias, entre outras. Entre as 20 variáveis socioeconômicas constam: renda, nível educacional, ocupação, sexo e zona geográfica (urbana, rural). As comparações podem ser feitas tanto através do tempo, quanto dentro de cada país e a nível regional.
Os dados do sistema foram harmonizados de forma a serem comparáveis, segundo os indicadores aprovados pelo Partnership on Measuring ICT for Development que reúne vários organismos internacionais e institutos de estatística do mundo. A confidencialidade dos microdados em nível individual será mantida, seguindo recomendações das Nações Unidas.

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