A Aruba, fabricante americana de dispositivos para conexão sem fio, começou 2010 com planos de expandir suas atividades no Brasil. De olho no potencial do mercado local, a empresa quer dobrar o número de parceiros no país e aumentar a oferta de produtos para o setor de governo. Com isso, ela também pretende duplicar o número de clientes em todos os setores a que atende e aumentar a participação do país na receita mundial da companhia.
Sem revelar cifras, já que a empresa não divulga números regionais, Fernand Lobo, diretor regional para América do Sul da Aruba, diz que o país representa praticamente 80% de toda a receita do continente, sendo que o setor de manufatura responde por 60% das vendas. Para este ano, o executivo prevê que as vendas para o setor de governo no Brasil, que representaram 20% no ano passado, devem responder por 50% de todo o faturamento da Aruba no país.
De acordo com Lobo, a empresa conta hoje com cerca de 40 parceiros no Brasil, mas apenas 21 efetivamente realizam negócios com a empresa. A meta para este ano é elevar o número de canais ativos para mais de 40 e o fazer com que o país passe a responder por uma fatia ainda maior da receita da América do Sul.
Apesar de todos esse planos, Lobo diz que a empresa não pretende abrir um escritório local nem fazer investimentos nesse sentido em outras partes do mundo, "por uma questão de conceito". Segundo ele, a empresa fornece produtos para gerenciamento de redes em nuvem, em que o cliente fica apenas com o dispositivo de acesso e todo o resto é fornecido na modalidade de serviço. Por isso, a estratégia é manter poucas filiais e fazer dos Estados Unidos, que representa entre 50% e 52% do faturamento mundial, o escritório central de distribuição dos produtos para os parceiros.
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