Empresários reagem à "reoneração" da folha de pagamento

0

Os CEOs da Stefanini, TOTVS, BRQ e Resource, Marco Stefanini, Laércio Cosentino, Benjamin Quadros e Paulo Marcelo, respectivamente, reuniram a imprensa nesta tarde de sexta-feira,7, para defender o setor frente à "reoneração" da folha de pagamento.

A alteração foi apresentada pelo governo por meio de uma Medida Provisória e terá validade a partir de julho, respeitado o prazo de 90 dias exigido para esse tipo de ação. A partir da aprovação da MP, as empresas voltarão a recolher 20% sobre sua folha de pagamentos. Algo rechaçado pelos empresários.

Segundo ele, a desoneração em vigor até aqui foi negociada com o governo anterior a partir de números que comprovaram um aumento do recolhimento do setor com o maior número de novas contratações e a formalização dos profissionais contratados como Pessoa Jurídica (PJ). "Fizemos a nossa parte. Queremos saber por que o setor de software e serviços foi excluído da desoneração", frisou Stefanini.

Os empresários definiram uma "estratégia de guerra" para reverter a decisão junto ao Congresso. Começaram convocando os jornalistas para apresentar números de evolução do setor, empregabilidade, dados de recolhimento de impostos e o ticket médio pago aos trabalhadores do setor.

Disseram que a reversão do modelo de recolhimento fechará postos de trabalho, e defenderam que tecnologia da informação deve ser considerada pelo governo uma área estratégica, pois, além dos mais de 500 mil postos de trabalho direto, gera riqueza e competitividade ao país.

Na soma, os dados apresentados pela Brasscom indicam que o setor gera algo em torno de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos, incluindo software, hardware, serviços e os profissionais que atuam na área de TI dentro de empresas de outros setores.

Quando criada, a desoneração contemplava 50% do universo total de produtos do setor. Com a elevação da alíquota de 1% para 2,5%, em 2015, 63% das empresas que já estavam no regime de desoneração continuaram utilizando o mecanismo. "Alinhamos com as empresas associadas à Brasscom que o melhor para o setor é o recolhimento obrigatório de 4,5% sobre a receita, sem flexibilização", reforçou Beijamin Quadros, Benjamin Quadros, presidente da BRQ.

Os empresários lembraram que os próximos quatro anos serão decisivos não só para o setor de TI, mas para as demais verticais que ampliarão a dependência das soluções tecnológicas, devido ao processo de transformação digital. "O Brasil é o 8º maior consumidor de tecnologia do mundo e precisa compreender que toda a economia passará por esta área daqui para frente", completou Sergio Paulo Gallindo, presidente executivo Brasscom.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.