A empresa de telecomunicação Surf Telecom busca extinguir decisão da Justiça de São Paulo que barrou a realização de sua oferta pública inicial de ações (IPO). A operação foi suspensa em agosto pelo juiz Eduardo Palma Pellegrinelli, da 1ª Vara Empresarial de Conflitos de Arbitragem.
Pedido apresentado pela Surf Telecom e Maresias Participações, detentora da maior parte das ações da Surf, alega que há irregularidades na representação processual e aponta inconsistências na procuração adotada pela multinacional Plintron Holdings, empresa que detém 40% das ações preferenciais da Surf. O pedido da companhia brasileira ainda aponta que houve alteração no controle da Plintron, o que invalida procuração atual, que é de janeiro de 2019. Ou seja, datada de antes da troca no controle da multinacional.
"Nosso pedido é pela extinção do processo. O documento não tem validade", diz Yon Moreira, fundador da Surf Telecom.
O grupo Lycamobile passou a ter participação de 60% na Plintron Holding, entretanto, a Surf alega que não houve retificação da procuração à representante da multinacional no Brasil. Com isso, a atual representação não tem poderes para advogar em nome da Plintron.
O caso
A Plintron Holding pagou US$ 4 milhões por uma fatia da Surf Telecom e ainda se comprometeu a realizar quase US$ 15 milhões de investimentos na empresa e assumir o controle da companhia no Brasil. Entretanto, a multinacional alega que a Maresias Participações tem retardado esse processo. Decisão entre as empresas deverá ser resolvida por meio de arbitragem.
Surf Telecom
A Surf oferece uma solução white-label de serviços de conexão de voz, dados, banda larga e telefonia fixa para marcas se tornarem operadoras. Uma empresa que promove a inclusão digital por meio de mais de 50 marcas que se tornaram operadoras com seus milhares de clientes credenciados em sua base. A Surf tem ainda como unidade de negócios, a Surf Fintech, uma conta digital com cartões de crédito e serviços de empréstimo direcionada direto ao consumidor final.